Por Mario Guerreiro, publicado pelo Instituto Liberal
Há alguns anos, o Primeiro-Ministro da Áustria declarou que ia fechar as fronteiras de seu país para a imigração. A grande mídia que, em sua maioria é esquerdista, o rotulou imediatamente de “nazista”. Que despautério! Ele deveria estar preocupado com os problemas culturais e econômicos advindos da imigração em massa, principalmente de muçulmanos.
Pelo que sabemos, a Áustria é um país soberano e todo aquele que assim é goza do direito internacional de acolher ou não imigrantes e, caso os acolha, selecionar o tipo de imigrante que deseja. Digo isto, porque um país como a Áustria, assim como boa parte dos países europeus, tem uma grande escassez de oferta de empregos para mão-de- obra não qualificada. Sendo a maioria desses imigrantes mão-de- obra não qualificada, eles são um verdadeiro ônus para qualquer país nessas condições. O mais provável é que se transformem em agentes da economia informal (camelôs) e se beneficiem de serviços sociais para os quais não contribuíram e/ou, coisa ainda pior, engrossem a marginalidade.
Nem uma coisa nem outra trazem benefícios para os países que imigram, coisa que tanto a ONU como as igrejas se recusam a ver, apiedados que estão dos pobres refugiados. Barack Obama (Partido Democrata) o pior Presidente dos Estados Unidos, depois de Jimmy Carter (Partido Democrata) não se cansa de repetir dois surrados refrões: “O islamismo é uma religião pacífica” (Só acredita nisto quem nunca leu O Corão) e a América (EEUU) é um país de imigrantes”. Este segundo refrão era verdadeiro antes, durante e depois das duas Guerras Mundiais, mas deixou de ser no período pós-guerra fria.
Tanto na Primeira como na Segunda Guerra, os Estados Unidos receberam grandes levas de imigrantes de países europeus, mas esse tipo de imigrante era muito diferente do tipo atual. Na sua maioria, eram profissionais liberais, muitos deles com curso superior e/ou um ofício técnico em seus países de origem, que fugiam da perseguição nazista e/ou das precárias condições econômicas da Europa devastada pela guerra. Sua vinda parathe home of the brave and the land of the free foi uma grande contribuição cultural e econômica para os EEUU. Diferentemente dos imigrantes atuais, na sua maioria hispânicos, mas também asiáticos e muçulmanos.
Para citar apenas alguns nomes altamente qualificados: Ernst Cassirer, filósofo neokantiano judeu alemão; Fritz Lang, cineasta judeu alemão; Milton Friedman, Prêmio Nobel de Economia, nascido no Brooklin, mas filho de imigrantes judeus russos; Ayn Rand, filósofa judia russa, que fugiu do Reino do Terror de Lenin, Benny Goodman, “o rei do swing”, filho de judeus russos, etc. E só para que não digam que cito apenas nomes de judeus: Charles Chaplin, inglês naturalizado americano; Nikola Tesla, grande inventor sérvio da época de Thomas Edison e seu concorrente; Robert Oppenheimer, grande físico americano filho de imigrantes alemães, etc.
A imigração em massa, algo semelhante à da Segunda Guerra, começou com grandes levas de muçulmanos que entravam na Itália através da Ilha de Lampedusa, uma ilha da Itália insular mais próxima da África do Nortedo que da Itália continental. Posteriormente, com o acirramento da guerra na Síria, imigrantes muçulmanos e cristãos atravessaram o Mar Egeu para aportar na Grécia continental e se deslocarem para outros países da Europa. Angela Merkel aceitou mais de 1 milhão desses imigrantes, coisa que talvez faça com que o seu partido perca as eleições na Alemanha e um indício de que a maioria dos alemães não aprovaram esse gesto de “generosidade” da Primeira-Ministra.
É inegável que a maioria desses imigrantes, refugiados da guerra civil síria e do regime despótico de Bashar Al-Assad, são pessoas que perderam suas casas e parentes próximos. Não são movidos por nenhuma ideologia,mas sim pelo instinto de sobrevivência e pela esperança de uma vida melhor na Europa. Todavia, ninguém tira da minha cabeça que, entre esses refugiados, estão muitos terroristas e/ou potenciais terroristas pertencentes ao – ou simpatizantes do – Estado Islâmico e de outras facções terroristas islâmicas.
Além disso, se são imigrantes ilegais, toda nação soberana goza do direito de deportá-los, embora algumas dessas nações, por questão de tibieza e/ou excesso de tolerância, tenham mostrado não desejar exercer esse legítimo direito.
Candidato do Partido Republicano à presidência dos EEUU, Donald Trump, tem sido acusado por membros do Partido Democrata e da grande mídia de ser “racista” e “xenófobo” por querer deportar todos imigrantes hispânicos e muçulmanos. Não é verdade! O que ele tem dito, reiteradas vezes, é que ele quer deportar os imigrantes ilegais que invadiram os EEUU, o que significa dizer que ele quer mesmo é cumprir a lei de imigração.
Como sabemos, nos dois governos Obama foi feita vista grossa para a imigração ilegal e suas péssimas consequências para o país. Além disso, Obama quer passar uma lei de anistia para os ilegais, e Hillary está de pleno acordo com ele. É claro que ambos têm assumido atitude idêntica à da ONU e do “ingênuo e piedoso”. Papa Francisco, no sentido de acolher de braços abertos esses pobres refugiados. Desconheço os verdadeiros objetivos do Papa, se é que ele os tem, mas os de Obama e Hillary são inequívocos objetivos politiqueiros.
Imigrantes hispânicos, islâmicos e minorias étnicas, como a dos negros americanos, somados são cerca de 30% do eleitorado americano, uma porcentagem que pode decidir uma eleição. O Partido Democrata, desde os tempos de JFK. tem procurado atender às reivindicações, nem sempre legítimas, dessas minorias insatisfeitas e ruidosas. Daí, não é de causar espécie que ambos, Obama e Hillary, jamais terem usado a expressão “terrorismo islâmico” e Obama ter visitado mesquitas e repetido seu desgastado refrão: “O islamismo é uma religião pacífica”. Me engana que eu gosto!
Por trás dessa frouxidão em relação ao terrorismo islâmico – envolvendo a ONU, o Papa, a grande mídia internacional, a Europa e os Estados Unidos, estão em jogo uma distorção do conceito de tolerância: Ser tolerante com quem não nos tolera: os muçulmanos desejosos de cumprir os mandamentos do Corão degolando todos os “infiéis” (judeus e cristãos) e os que não os cumprem, por covardia ou timidez, aplaudindo aos cumpridores fundamentalistas.
Quanto aos negros, a situação é diferente. O movimento Black Lives Matter (As Vidas dos Negros são Importantes), aplaudido por Obama e por Hillary como uma justa reação contra o racismo dos WASPS (White American Anglosaxonic Protestants) é na realidade, um racismo às avessas (reverse discrimination). Adquirimos essa certeza quando ficamos sabendo algumas informações escondidas pela grande mídia esquerdista: 70% dos homicídios, assaltos e latrocínios nos EEUU são cometidos por negros e na maioria deles as vítimas são os próprios negros. Isto não é preconceito racial: é estatística! De onde se conclui que há sérios problemas sociais com as famílias e as comunidades negras. Mas isto não tem a menor importância para os democratas e para Hillary, contanto que os hispânicos, os muçulmanos e os negros aumentem seu injustificado horror a Trump e despejem seus votos no “poste” de Obama.