Por Anselmo Heidrich
Vejamos o que a vadiagem faz com o dinheiro dos teus impostos... Sim, alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas que tive o desprazer de conhecer durante anos (uma longa história...) está para minha surpresa, cada vez pior.
Quando iniciei meus estudos na pós-graduação, em 1989 já era um antro sectário que desdenhava... Desdenhava, não! Literalmente censurava e, de modo covarde porque não explícito perseguia dissidentes (como yo). Naquela época, em plena convulsão dos anos Collor, os petistas e simpatizantes, a esquerda em geral se infiltrava nos meios acadêmicos de modo cada vez mais acintoso. E nada dos nossos governos atentarem para o problema. Depois desembocou nisto que vemos hoje em dia, universidades praticamente tomadas por partidos de esquerda que as usam como centros de formação de militantes. Mas o que era um tanto quanto “camuflado” agora escancarou de vez...
Não tolerando mais aquela tortura psíquica que chamam de universidade, eu larguei a pós-graduação para retornar depois de mais de uma década. E, para meu espanto, aquele circo de horrores só tinha piorado! Ao ir para o mercado de trabalho é que vi como se vivia em uma espécie de "ilha da fantasia" chamada Cidade Universitária (USP) e como as pessoas dentro daquela bolha não tinham a mínima noção de que para sustentá-los, uma imensa massa de trabalhadores de verdade tinha que ser extorquida em impostos e taxas. Se, por acaso, nos dias de hoje, nós vemos a Universidade de São Paulo cair a olhos vistos nos rankings de qualidade de ensino internacionais, não pense que se trata de mero acaso. Trata-se de uma consequência direta da militância que, entre outras coisas, é inflada pelos próprios professores replicantes de Marilena Chauí que usam seus queridos (e úteis) pupilos para lutarem pela manutenção de suas polpudos salários, aposentadorias e benefícios. Não por acaso, este é um problema estrutural naquela universidade onde se gasta mais com folha de pagamento do que investimento em pesquisa.
Há várias análises que podem ser feitas e uma delas é o descaso das autoridades que perderam o senso republicano, ao permitirem que interesses corporativos ligados à máfias sindicais encampem a universidade;
Em segundo, a simples ideia de militância política já é um contrassenso, pois a universidade seria um local de entendimento, compreensão, enfim, estudo onde, daí sim, em suas esferas da vida privada podem exercer suas atividades políticas. Sejam tais atividades políticas lúcidas ou não cabe a cada indivíduo decidir, mas não pelo seu exercício dentro da universidade;
Em terceiro, já passou da hora de colocar na pauta do dia, o dever de discutirmos a privatização do ensino público superior com diferentes modelos. Diferentes porque podemos considerar (e é minha posição) a concessão de bolsas para alunos carentes, mas alunos com mínima competência e não, como se faz, com percentuais definidos para preenchimento com baixa renda, escola pública ou cor da pele.
Não é justo que a sociedade como um todo financie calhordas que usam os recursos públicos para teatro de militância política e sirvam como idiotas úteis para veículos de mídia com interesses políticos, sindicatos de professores e interessados na manutenção de privilégios no setor público.
Basta!