“Não leve Luis Augusto por Sadia” dizia o comercial incentivando a busca por qualidade. Pois é, bem que Luis Augustos de todo país podiam revidar com um quem ri por último ri melhor.
Pena que alguns não acham graça nenhuma nesta história que levou algumas pessoas, inclusive, ao suicídio... Quase um ano atrás em Edealina, interior de Goiás, um produtor de lacticínios teve um lote de queijo mussarela apreendidas pela vigilância sanitária do estado. A perda avaliada em R$ 40.000,00 ainda seria acrescida de multas e quando os fiscais desviaram a atenção do produtor, ele tentou o suicídio se enforcando em uma cisterna onde cairia ao romper a corda.[1]
Não sabemos dizer se o seu produto continha ou não irregularidades, pois não temos como confiar mais em fiscalizações. Como confiar agora que grandes produtores de carne foram denunciados em irregularidades com prazos vencidos de parte da produção e corrupção com fiscais da vigilância sanitária?
Cabe a pergunta, se uma certificadora da qualidade do produto fosse privada, isto mesmo, não estatal e fosse denunciada em um esquema de propinas como este, teria alguma mínima chance de ainda estar operando? E melhor: imagine um mercado de certificadoras concorrendo? Quem duvida que pudéssemos oferecer um produto cada vez melhor? Ao contrário, tudo que se viu com as “campeãs nacionais”, como Friboi, Sadia, Perdigão e Seara, entre outras foi um mercado para ver quem comprava mais os “órgãos competentes” em receber as mais polpudas propinas.
Quantos produtores rurais deverão se enforcar por que o tratamento dispensado aos “amigos do rei” é especial? Quanto você consumidor deverá pagar a mais por produtos que fujam deste esquema podre e quantas vidas serão destruídas pela falta de rigor da lei?
V.D.
[1] Trabalhador comete suicídio após ter produção de queijo apreendida pela fiscalização, em Edealina-GO!!! http://correiosulgoiano.com.br/site/trabalhador-comete-suicidio-apos-ter-producao-de-queijo-apreendida-pela-fiscalizacao/. Acesso em 19 mar. 17.