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Escalada de violência na Venezuela: Maduro precisa ser detido

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Nojo é pouco. Milícia chavista comemora cada manifestação antigovernamental bombardeada com uma dancinha. Riem, bailam, enquanto as ruas sangram.

Por Vista Direita

No ano passado, 74% dos venezuelanos perderam em média 8,7kg. Assim como seus cidadãos, a economia também “emagreceu” 10% e, segundo o FMI, se projeta um encolhimento de 23% ao final do ano em relação a 2013. Só neste ano, a inflação poderá ultrapassar os 1.600% e, claro, isto reflete na fome aguda que fez com que venezuelanos, literalmente definhassem. Como disse a The Economist em recente artigo, meio século atrás a Venezuela não era muito mais pobre do que o Reino Unido, mas o que a levou a esta catástrofe?

Como 90% do valor das exportações corresponde ao petróleo, a economia gira em torno dele e quase todos os bens de consumo são importados, daí que variações no preço do barril no mercado mundial podem sim impactar severamente a economia venezuelana, mas não explicar e justificar sua completa falência. O que beneficiou o governo de Hugo Chávez presenteando-o com uma década e meia a partir dos anos 2000 com um bom retorno acabou no período de sucessão de Nicolás Maduro. Se este ao menos obedecesse às leis de mercado permitindo a desvalorização a moeda nacional, o Bolívar não seria um problema, pois a alta dos preços restringiria o consumo. No entanto surgiria um problema político, já que a inflação revelaria uma desigualdade no acesso aos produtos que na contramão do igualitarismo proposto pela propaganda governamental do bolivarianismo. Para evitar a impopularidade certa, Maduro acreditou que a intervenção governamental pura e simples fosse suficiente para manter o clima de estabilidade artificial, o erro de todo socialista. Ao invés de permitir as importações livres com auto-regulação de mercado, Maduro manteve a moeda sobrevalorizada e racionou as importações. Agora imagine que as importações diminuíram, as reservas monetárias idem e os preços dos produtos importados subiram. Maduro tentou controlar os preços e um afluente mercado negro surgiu, o que, consequentemente diminui a base de arrecadação do governo. Para evitar uma recessão deveria se tomar medidas impopulares, como corte de gastos e aumento de arrecadação, ou seja, tudo que Maduro não fez para não ser amaldiçoado no curto prazo. No curto prazo, pois no médio prazo como se está se vendo, ele já é impopular.

Daqui a seis dias, a aliança oposicionista Mesa de Unidade Democrática (MUD) realizará um grande ato, a “mãe de todas as manifestações”. O que esperar? Bem, a tirar pelo que recentemente se viu quando Nicolás Maduro apareceu no Estado de Bolívar, no sul do país e antigo reduto eleitoral do chavismo nos dá uma ideia do sentimento popular:


Se ficar apenas em ovos sairá barato...

Se alguém pensa que esta escalada de violência não é uma bomba relógio prestes a uma guerra civil está enganado. Três dias atrás, manifestantes contra o governo venezuelano eram duramente reprimidos nas ruas de Caracas:

Mas quando inocentes são atingidos por atos de desespero de um regime moribundo só se pode esperar o pior:

E não esqueçam, caros brasileiros, que boa parte da sustentação financeira do regime em vigor na Venezuela veio da corrupção petista. Não esqueçam e não baixem a guarda.


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