Casos como o do Professor Sergio Colle provam que este título ainda vale e muito. Haja vista o extremo oposto exposto com maestria em carta abaixo.
Ana Caroline Campagnolo é professora de História na rede pública em Chapecó, cidade do oeste catarinense e em 2013 ingressou na pós-graduação na Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Foi aceita tranquilamente, sem nenhum tipo de percalço que não fosse a própria labuta da seleção para o curso por sua orientadora, a professora Marlene de Fáveri. Mas logo após participar das primeiras aulas do curso de pós, suas colegas lhe adicionaram em uma rede social da internet para descobrirem que ela era crítica contumaz do feminismo atual. Nada a obstar, muito pelo contrário. Afinal já não é sem tempo que a Universidade cumpra o seu papel, que está bem definido no próprio nome, a de unir diferentes perspectivas, tendências e correntes sobre um mesmo tema e na própria ciência, ainda mais em se tratando de Humanidades. E se sua orientadora demonstrasse alguma incompatibilidade com a pesquisa, com a linha da pesquisa, com a metodologia da orientanda, com suas premissas, com seu objeto de estudo ou vá lá, com sua ideologia, a pergunta que não quer calar é:
Por que diabos deixou isto para depois e, de modo extremamente deselegante a expôs perante os colegas criticando sua visão de mundo? No mínimo, mas no mínimo mesmo, esta professora da FAED não fez seu trabalho: de ler e analisar o projeto de dissertação, bem como as referências (que importam) da candidata. E agora, vem fazer sua cena auto-vitimizadora?
Até aí normal, não se esperaria algo diferente de quem tem por ofício a fantasia. Mas eis que um veículo de comunicação, o maior do estado faz uma matéria dando espaço para o jogo da professora preconceituosa. O que eles não contavam era com a resposta de um professor da UFSC, notável diga-se passagem ou no linguajar do jovem “lacrador”.
Sergio Colle, professor doutor no departamento de engenharia mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, contumaz crítico da doutrinação esquerdista no sistema de ensino, um verdadeiro guardião da função precípua de ensinar nas instituições de ensino superior (que já desbaratou ocupações políticas em prédios da engenharia) escreveu a seguinte carta ao editorial do referido jornal no dia 17 de abril. Digna de emoldurá-la:
V.D.
Já nos disseram que o problema não é a audácia dos maus, mas o silêncio dos bons. Então... Defenda sua liberdade, a verdade e expresse ISTO AQUI.
Prezados,
O DC publicou no último final de semana uma reportagem que claramente vitimiza a tal professora Marlene de Fáveri, que obteve a prerrogativa do DC de ser visitada pela Reportagem, na pessoa de Gabriele Duarte. O título da matéria é revelador "Me incomoda a atitude tão conservadora", além do que, a manchete "Professora processada por perseguição ideológica", desta vez em letras miúdas. Se ser conservador não fosse tolerado, Margaret Thatcher não teria salvo a Inglaterra da ruína e tampouco João Paulo II teria lançado a pá de cal nos regimes comunistas.
A matéria chamou minha atenção por várias particularidades, a saber, por frases do tipo "Mas o que mais me incomoda e me constrange é saber que uma outra mulher e muito jovem, inclusive, toma atitudes tão desonestas e conservadoras".... "Como uma mulher pode advogar pela violência contra as mulheres". A primeira frase deixa transparecer uma professora autoritária que não tolera discordâncias e a segunda, se constitui numa acusação, cuja gravidade deveria ser avaliada pelo advogado da acusada, no caso, a Profa. Campagnolo, expulsa do mestrado por razões puramente ideológicas e porque não dizer, religiosa. Outro argumento da professora, digamos, repressiva, a saber "E de repente a vejo falando coisas absolutamente contraditórias ao que nós tínhamos estudado".Claro está que alunos não podem discordar da linha ideológica da Professora de Fáveri, que ensina História e Relações do Gênero na UDESC. A propósito, esse título de disciplina é absolutamente estranho a organização disciplinar do conhecimento, pois, história é uma coisa e relações do gênero é outra. As relações do gênero fazem parte de uma corrente minoritária, a margem da antropologia, que tem por objetivo igualar os sexos e porque não dizer, negar a definição de sexo no ser humano.
O fato de a pobre ex-aluna ter afirmado que Simone Beauvoir desejava ser masculina, nada tem de estranho, pois esta era lésbica, que no jargão popular brasileiro definimos como machorra, qual seja, aquela mulher que gosta de figurar como o macho dominante de fêmeas. A propósito desta, ela foi companheira do intelectualmente desonesto e anti-clerical Jean Paul Sartre, idólatra do genocida Joseph Stalin e do psicopata Vladimir Lenine (cujo irmão foi enforcado como responsável pelo atentato ao Czar Alexandre I).
Ainda não entendi o que essa professora ensina, até porque o feminismo é uma corrente em extinção. Entretanto, entendo que ele ainda esteja em voga no Brasil, mesmo porque neste país a torradeira elétrica levou quarenta anos para chegar ao mercado e o sonho socialista cerca de setenta anos. Não é estranho pois que o feminismo (já marginalizado na Europa), aqui chegue com meio século de defasagem. Além do mais, ensinar correntes feministas numa universidade é uma heresia acadêmica, pois feminismo consiste numa corrente de desvio de comportamento social e, por conseguinte, não pode figurar no elenco das áreas de conhecimento consolidado. Desnecessário aqui registrar que o assunto respectivo ao gênero faz parte do que o atual governo excluiu do currículo como obrigatório, por considerar que esse assunto não contribui para a educação plena do cidadão.
A reportagem do DC claramente vitimiza essa tal de de Fáveri, enquanto sugere que a aluna perseguida por ela seja a agressora. É bom lembrar que os esquerdistas sempre se defendem na imprensa comportando-se como vitimas, mesmo sendo agressores e até mesmo assassinos (o caso do bandido Césare Battisti é didático). Os processos que levaram vários terroristas a subtrair do povo brasileiro milionárias indenizações sempre refletiram na imprensa (através da propaganda goebeliana) estes ativistas radicais como vitimas da repressão. Não estranhei pois a tônica da reportagem em que essa tal de de Fáveri apresenta-se ou diz estar estarrecida e constrangida pelo simples fato de a pobre aluna ter discordado de sua, digamos, seita. Tolerar a discordância é parte do processo cognitivo, de que resultou o conhecimento consolidado, desnecessário dizer, o que é científico. Negar a liberdade aos alunos já é assombroso e reprimi-los por discordar, ao meu ver, é objeto sim do recorrer a lei.
Seria estranho pois que o DC não concedesse igual espaço para que a aluna reprimida também expresse suas opiniões a respeito do episódio. Tenho certeza de que ela o faria com melhor desenvoltura, inclusive no tocante a qualidade da expressão linguística (que a professora de Fáveri, na entrevista, sugere não possuir).
Atenciosamente,
Prof. Colle