Acostumamo-nos a ouvir esquerdistas dizendo que lutam contra a opressão, que buscam ter voz, fazer-se ouvir. Não há quem discorde da justiça dessa luta. Desde as séries iniciais, nossos mestres nos ensinam que o mundo oprime a esquerda de uma forma que nem os maiores mártires do início do cristianismo poderiam sonhar.
Pois, lendo sobre arquitetura no Brasil, deparei-me com Achillina Bo Bardi, nascida em 1914, na Itália, e aqui radicada após fugir do nazismo. Achillina era membro do Partido Comunista Italiano.
Aqui, integrou o grupo comuno-terrorista Aliança Libertadora Nacional (ALN). Nessa época, foi severamente oprimida com alguns bons dólares ao ser convidada para projetar as instalações do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.
Depois, foi perseguida duramente, sendo alvejada com mais dinheiro e holofotes: projetou a nova sede do MASP (aquele monstrengo elevado na Avenida Paulista) e o Sesc Pompéia -- este depois de "Lina" ser oprimida pelos poderosos políticos brasileiros, ao ser convidada pelo governador da Bahia, em 1958, a mudar-se para Salvador (ALL INCLUSIVE, é claro!) e dirigir o Museu de "Arte" Moderna.
Achillina Bo Bardi é apenas um exemplo, um testemunho da opressão histórica sofrida por esquerdistas no Brasil. Há décadas (antes, durante e depois do Regime Militar), artistas de esquerda são sufocados com incentivos governamentais, intelectuais de esquerda são obrigados a ocupar praticamente todos os postos nas cátedras universitárias e o mercado editorial insiste em constranger a esquerda publicando somente seus autores.
E quem financia tanta opressão? Quem paga por esses instrumentos de tortura? Obviamente, o conservador e retrógrado povo brasileiro, sobretudo sua classe média e seus empresários pagadores de impostos, esses monstros.
E ninguém fala nada! Até quando, meu Deus? Até quando!?
Na imagem, vemos um típico artista de esquerda sendo tipicamente oprimido em Paris.