Na semana passada a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota do grau de investimento do Brasil. Foi o terceiro rebaixamento em menos de 6 meses. No ano passado a Fitch e a Standard and Poor’s já tinham diminuído a classificação do país.
Ao analisar as notícias sobre os rebaixamentos que nosso país sofreu nos últimos meses, em jornais e portais nacionais e estrangeiros, podemos perceber que as razões para essa desconfiança dos investidores estão relacionadas à falta de credibilidade do governo brasileiro, à inabilidade da presidente Dilma Rousseff para criar políticas de recuperação econômica e à insegurança jurídica causada pelas alterações na legislação fiscal, muitas delas por decretos e vetos totalitários da governante maior do país.
As análises econômicas são realizadas com base em vários fatores, mas um deles é crucial e se refere ao comportamento humano. Não à toa, Ludwig Von Mises escreveu com maestria uma obra chamada “Ação Humana”, no qual afirma que a Economia é fundamentalmente uma ciência da ação das pessoas. O economista austríaco entende que o sistema de trocas voluntárias, regido por princípios cognitivos básicos como a noção de esforço e recompensa, analisado sob a perspectiva do que veio a ser chamado de microeconomia, é uma variável determinante para diagnóstico de cenários econômicos.
A presidente Dilma Rousseff dá demonstrações diárias de incapacidade gerencial. Seus comportamentos são observados por analistas do mundo todo e refletem a falta de credibilidade do mercado brasileiro. Desde a campanha eleitoral de 2014, a presidente Dilma adota um tom de enfretamento, tem dificuldades para receber feedbacks e flerta frequentemente com o totalitarismo. A falta de verdade também é uma característica da ex-guerrilheira da VAR-Palmares. Dilma mente sem pudores, não cumpre seus planejamentos, não consegue criar uma agenda positiva para o país porque se indispõe com todos aqueles que discordam dela. Enfim, a presidente Dilma é um fardo difícil de carregar até mesmo para o PT.
Os rebaixamentos sofridos pelo Brasil nos últimos meses pouco tem a ver com o aumento da inflação ou aumento da taxa de juros – existem de países com inflação e juros maiores que não são rebaixados sumariamente – e sim com os comportamentos desastrosos da presidente da república. Analistas de crédito analisam ações de liderança. Um líder de verdade é capaz de conduzir pessoas para o alcance de seus objetivos. Um líder de direito, mas não de fato, perde sua legitimidade perante a inabilidade de agregar pessoas em torno de suas metas.
Ao contrário do que alguns jornalistas afirmam, a crise de confiança do Brasil nada tem a ver com o processo de impeachment ou de cassação que tramitam nos poderes legislativo e judiciário. Na verdade, esses processos representam a expectativa do mercado para uma reação econômica. A crise tem um nome e se chama Dilma Rousseff. Somente com sua saída da presidência é que poderemos vislumbrar um cenário de recuperação econômica e social. Até lá não há muito que fazer, a não ser sair às ruas no dia 13 de março. Lembre-se: ou você vai, ou ela fica.