Para aqueles que não conhecem, Kennedy é comentarista político da Rádio CBN e do SBT. Chegou também a ser colunista da Folha de São Paulo quando em 1994 deixou o jornal para trabalhar na campanha presidencial de Lula onde ficou como assessor de imprensa até 1995. Desde então, Kennedy tem se dedicado apenas aos comentários políticos que, em muitos momentos, chega a ser confundido com um discurso de palanque petista. É como se falasse para ignorantes sem raciocínio - típico da militância vermelha. Nos escândalos recentes envolvendo o PT, Kennedy, em prol da defesa cega ao partido, largou de vez qualquer raciocínio lógico e tenta se convencer, e convencer seus ouvintes, das mentiras mais absurdas e infantis possíveis. No desespero - quase esquizofrênico - o jornalista ataca partidos aliados, opositores, juízes, ministros do supremo e a inteligência do ouvinte.
O fato de Kennedy agir mais como um militante do que como um jornalista chama ainda mais atenção quando sabemos que seus irmãos, Beckembauer Rivelino de Alencar e Muller de Alencar, receberam na campanha de Dilma em 2014 o valor de R$ 16 milhões referente ao trabalho prestado via gráfica fantasma. Kennedy pode nunca ter sido beneficiado diretamente pelo dinheiro recebido por seus irmãos, mas chama atenção – e muito - um jornalista que se diz “isentão” ter trabalhado na campanha de Lula e ter seus irmãos faturando milhões na campanha de Dilma. Tudo isto pode não dizer nada, mas também pode dizer muita coisa sobre o papagaio de pirata do PT.
Abaixo destacamos três momentos onde Kennedy mostra todo seu amor à camisa.
Em seu comentário na rádio CBN em 17 de março deste ano, Kennedy avalia a ação do Juiz Sérgio Moro de tirar o sigilo dos grampos telefônicos do ex-presidente Lula como irresponsável e política. Não satisfeito, ainda acusa o Juiz de justiceiro e de estar incendiando o país. O que torna o comentário do jornalista irônico é que, na mesma semana, umas das lideranças do MST - em mais um de seus discursos ameaçadores - afirmou que em caso de impeachment não haveria mais um dia de paz no Brasil. Ainda na mesma semana, nas manifestações contra o impeachment, um dos líderes do movimento falou em dar um fim no Juiz Sergio Moro e adivinhem o que Kennedy comentou sobre os dois casos? Nada, é claro! O raciocínio do jornalista é tipicamente vermelho onde um juiz que age dentro da lei é justiceiro, mas a gangue do MST que ameaça a paz e a ordem é democrática. Kennedy debocha da inteligência de seus ouvintes, onde qualquer pessoa vê uma ameaça para o Brasil, Kennedy vê recursos para se manter no jornalismo.
Dia 7 de março em seu comentário na CBN diário, Kennedy ataca outra vez: agora na operação Lava-Jato (nada que ataca o partido do coração do jornalista fica fora de sua artilharia). Neste dia o jornalista é questionado sobre a condução coercitiva do ex-chefe (Lula) para prestar depoimento a Polícia Federal e, é claro que, Kennedy não fica em cima do muro - mas também dificilmente fica do lado certo. Apesar de vários juristas e juízes respeitados no Brasil afirmarem que a condução de Lula foi legal e necessária, o jornalista se convence com sua própria ignorância que a polícia foi longe demais e agiu abusivamente. Para o comentarista político da CBN, quando algum ministro do STF se posiciona favorável ao governo e ao Partido dos Trabalhadores, ele deve ser respeitado e sua opinião é verdade absoluta. No entanto, quando um Ministro se posiciona contra o governo ou partido, o jornalista classifica como posição partidária e afirma existir outras opiniões além dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Para o jornalista a Suprema corte do país é respeitada quando está usando a toga vermelha. Já nos momentos onde está revestida de preto, esta corte pode sim ser questionada. Esse modo de comportamento do jornalista pode ser visto em vários momentos, mais especificamente nos comentários do dia 7 e 17 de março.
Quando Chico Buarque foi abordado por um grupo de pessoas no Rio de Janeiro que o criticaram por apoiar o governo do PT, Kennedy, o defensor dos oprimidos, mais uma vez pegou o microfone e partiu em defesa do parisiense Chico Buarque. O jornalista defendeu menos “radicalismo” nos debates políticos no Brasil, acusou partes da sociedade de agirem como facistas e intolerantes. Novamente Kennedy morre pela boca e mostra que é nada mais nada menos do que um papagaio vermelho. O jornalista não se dá nem o trabalho de procurar palavras diferentes ao vocabulário petista, usa as mesmas palavras e o mesmo tom. Não se surpreenda se um dia qualquer Kennedy entrar ao vivo no SBT usando uma camiseta da CUT. Além de papagaiar defesas ao governo todas as manhãs na rádio CBN, o silêncio do jornalista com o radicalismo do MST é gritante. Isso é perceptível no momento em que o líder do MST realizou - em um discurso ultra radical e contra os direitos fundamentais de nossa constituição - ameaças de invadir gabinetes, propriedades privadas e fazendas dos deputados que estavam lutando pelo impeachment. A pergunta que fica é: qual foi o discurso de Kennedy Alencar contra o radicalismo do MST? O silêncio. O jornalista segue com perfeição o script petista “quando os outros fazem são radicais quando nós fazemos é pela democracia”.