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E SE A OLIMPÍADA FOSSE ESQUERDISTA?

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Ao ver o jogaço de tênis neste domingo entre Djokovic e Del Potro, um pensamento veio à minha cabeça: e se a Olimpíada fosse de esquerda? Explico, caso o leitor pense que surtei e estou obcecado demais. O jogo foi incrível, e confesso que torci para o sérvio derrotado pelo hermano, que jogou uma barbaridade. Ao término, ambos se abraçaram de forma emocionante, mas a vitória era de um só. O mérito individual fez toda a diferença do mundo.

E não é exatamente isso que pregam os liberais? Que o mérito individual possa definir os diferentes resultados nos jogos da vida? Mesmo reconhecendo que nunca é só o mérito, que entram outros fatores na equação, como a sorte, o talento natural (que nunca floresce de verdade sem o esforço e muito treinamento)? E o que diz a esquerda coletivista igualitária? Que o mérito não existe, que é um mito, que o resultado deve ser mais equilibrado não importa como se chegou a ele.

A Olimpíada desafia tudo aquilo que a esquerda acredita. Logo depois do jogo de tênis, fui acompanhar o segundo tempo da estreia de nossa seleção de futebol. Big mistake! Que jogo medíocre contra o Iraque! A torcida vaiou com razão. Os comentaristas detonaram nossos craques. Os “memes” tomaram conta das redes sociais: eles andam de salto alto, enquanto as moças jogam com chuteiras; eles deveriam jogar mais como as mulheres; e por aí vai.

Ou seja, o público entende que faltou garra, determinação, humildade, esforço, e por isso o resultado foi ruim. Claro, às vezes pode acontecer de o atleta colocar tudo de si e ainda assim perder. Quando é esse o caso, há o reconhecimento de que ele fez o possível, de que apesar dos esforços, não deu para ele. Estimamos quem age assim, e depois demonstra “fair play”, admitindo que o adversário foi melhor. É esse o espírito olímpico, diga-se.

Melhor. A palavra já desperta calafrios nos igualitários adeptos do relativismo. Quem disse que alguém é melhor ou pior? Quem disse que existe isso? Fernandinho Beira-Mar e Madre Teresa de Calcutá: “apenas diferentes”. O empreendedor que criou milhares de empregos e muita riqueza contra o vagabundo que vive de mamar em tetas estatais com seus privilégios: “apenas diferentes”. E precisamos equilibrar melhor o resultado financeiro 

Leandro Ruschel tocou na ferida:

Eu não entendo o gosto da esquerda globalista pela Olimpíada. Tirando a boa chance de fazer uma bela propaganda, como de fato foi produzida na abertura dos jogos, nada poderia ficar mais longe da ideologia socialista do que as competições olímpicas: atletas competindo com base do mérito para ganhar ouro! Ou seja, os melhores e mais esforçados levam todos os louros, independentemente da sua riqueza, cor de pele ou origem, sem cotas ou vitimismos. Fascistas!

De fato, a vitimização não tem espaço nos jogos. O mimimi é logo rechaçado como coisa de mau perdedor. Queremos ver mérito, queremos ver esforço, queremos ver resultados. E tudo isso com base no espírito esportivo, no reconhecimento da superioridade dos adversários, quando visível. Quem não sabe perder, não sabe vencer.

Reparem que a analogia nem é perfeita, pois no esporte, um tem que perder para o outro vencer. Já no jogo da vida não é bem assim. A economia não é um jogo de soma zero, em que o rico fica rico tirando do pobre. Nada mais falso! Basta entrar num supermercado para compreender que a palavra-chave da economia é cooperação. Trata-se de um sistema de ganhos mútuos entre as partes, com trocas voluntárias que beneficiam ambos.

Ainda assim, claro que alguns vão de destacar mais. Merecido, quando em ambiente de livre mercado. Fruto do mérito, da ousadia, da determinação, do esforço, da sorte, do talento natural. Que fiquem com suas medalhas de ouro! Ou alguém acha mesmo justo meter a mão grande do estado no bolso desses vencedores para equalizar melhor os resultados? Ou alguém pensa que seria mais justo todos com medalha de bronze para evitar a inveja?

Então imaginemos uma disputa olímpica dessa forma: é dada a largada, e todos saem em disparada pela piscina. Michael Phelps segue à frente, rumo a sua vigésima medalha de ouro olímpica. Mas calma! Isso não é nada justo! O governo deve amarrar bolas de chumbo aos seus pés. Ele vai sentindo o peso do estado, até que outros competidores possam finalmente lhe alcançar, e depois até lhe superar. Como seria lindo se todos eles chegassem exatamente no mesmo tempo, não é mesmo?

Creio que, se assim fosse, a Olimpíada jamais teria audiência novamente. Quem perderia seu precioso tempo vendo uma “competição” dessas, em que o importante é chegar a um resultado mais igualitário, mais “justo”? Tenho certeza de que nem mesmo um socialista aguentaria ver uma “disputa” dessas…

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Joanna-ninguém

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Hipocrisia. Esta talvez seja a palavra que melhor define o pensamento de esquerda. Ela permeia todo o espectro de pessoas ligadas a este, desde os pensadores que deram início a esse câncer histórico, passando pelos líderes e poderosos e incluindo uma quantidade incontável de idiotas úteis.

Jean Jacques Rousseau, filósofo francês que deu início ao pensamento de esquerda com sua distorcida noção de que o homem nasce bom e é corrompido pela sociedade, foi o primeiro hipócrita da turma. Ao mesmo tempo em que escreveu um livro sobre como educar as crianças, abandonou todos os seus cinco filhos em um orfanato, sem piedade. Um primor de bondade e compaixão.

Karl Marx, o mais influente pensador da esquerda, foi outro hipócrita de carteirinha. Nascido em família de classe média, filho de um advogado bem sucedido, Marx nunca chegou perto da classe trabalhadora sobre a qual escreveu. A luta de classes de que ele tanto fala nunca passou de elucubrações de sua mente, e a pena que escreveu O Capital foi segura por mãos virgens de trabalho pesado.

Com Vladimir Lenin, a hipocrisia ganhou oficialidade. Foi ele quem disse: “Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é.” A máxima de Lenin tem sido um norte na conduta de todos os líderes de esquerda desde então. Hillary Clinton, atual candidata democrata à presidência dos EUA, discursa inflamadamente contra os ricos e poderosos, contra as fortunas de Wall Street, ao mesmo tempo em que recebe doações milionárias de campanha dessas mesmas pessoas. Lula, ex-presidente e quase-presidiário, se dizia trabalhador e do povo, enquanto acumulava imóveis, andava em jatos particulares e se deliciava com jantares que custavam alguns anos de salário mínimo.

 

Como não poderia deixar de mencionar os idiotas úteis, usarei o exemplo mais recente e diretamente ligado ao momento esportivo que vivemos hoje no Brasil. A nadadora Joanna Maranhão, que por muitas vezes deixou clara em suas declarações públicas a sua admiração pela quadrilha chamada Partido dos Trabalhadores, resolveu ganhar o primeiro lugar em alguma coisa fora da piscina (mesmo porque dentro dela lhe falta a competência) e disparou a mais hipócrita de todas as suas declarações. Disse ela, depois de ser eliminada da final dos 200m borboleta, que o Brasil é um país homofóbico, machista, racista e xenófobo. Pouco tempo depois, a excelente página Caneta Desesquerdizadora, presente no Facebook e no Twitter, compilou uma série de tweets da nadadora brasileira, desnudando sua hipocrisia, os quais eu cito no próximo parágrafo.

A Joanna que acusou o Brasil de ser homofóbico é a mesma que disse “Fred Mercury não era gay, só curtia emprestar a bunda!” e “Ariadna, pega (sic) os 2mil e paga seu funeral... porque pra você se passar por mulher só morrendo e nascendo de novo!” (referindo-se a Ariadna Arantes, transexual que participou do reality show Big Brother Brasil). A Joanna que acusou o Brasil de ser machista é a mesma que disse “Sinceramente, por que tem tanta mulher vagabunda nesse mundo?” e “Depois de Bruna Surfistinha, virou moda puta ficar rica, né?”. E a Joanna que acusou o Brasil de ser xenófobo é a mesma que disse “E vou falar uma coisa, me irrito com esse povo do sul e do sudeste que nunca se envolveu com política e é contra o PT” e “[sou] Boa o suficiente pra nunca ter perdido de nenhuma sudestina ou sulista nas minhas provas.” Medalha de ouro para ela no quesito “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.

Joanna Maranhão poderia ser apenas uma atleta que não conseguiu chegar à final. Poderia assumir a derrota com grandeza, como fizeram Novak Djokovic e Serena Williams, favoritos ao ouro e lendas em seu esporte. Poderia tirar lições, rever conceitos, repensar a carreira, arrumar força para treinar mais forte ou mesmo remoer-se em ódio por não ter conseguido seus objetivos. Mas, como todo vitimista de esquerda, ela resolveu jogar a culpa nas circunstâncias, nos fatores externos, na sociedade, no Brasil, no lugar periférico em que a Terra se encontra na Via Láctea etc. Como dizia o grande filósofo cartoon-pop, Homer Simpson, “a culpa é minha e eu a coloco em quem eu quiser”.

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SUCESSO DA OLIMPÍADA FOI RESULTADO DE NOSSA GAMBIARRA?

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apresentador da NBC, canal que comprou os direitos de transmissão da Olimpíada no Rio, fez uma homenagem bacana ao Brasil, reconhecendo as dificuldades iniciais da organização do evento, compensadas não só pela bela festa com total ausência de incidentes graves, como também pelo calor humano de um povo acolhedor. Usou a palavra “gambiarra”, definida como uma espécie de “jeitinho” que, no final, acaba dando certo. Mas foi isso mesmo que aconteceu?

Detestaria ver essa ideia prevalecendo em nosso país. É justamente o que não precisamos: a crença de que nosso jeito de fazer as coisas, quase sempre no improviso, na ginga, acaba funcionando no final. Meu novo livro, Brasileiro é Otário? – O alto custo da nossa malandragem, é justamente um duro ataque a essa mentalidade, mostrando como ela nos impede de avançar, de progredir.

Portanto, volto a perguntar: o relativo sucesso da Olimpíada carioca foi mesmo um exemplo de que nossa típica “gambiarra” funciona? Podemos abrir mão da organização, do planejamento, do trabalho árduo, pois somos descolados, “quentes”, animados, e sabemos que no final tudo dará certo, que os gringos vão ficar encantados com nosso “calor humano”?

Digo que não. Primeiro, gostaria de lembrar que fazer uma grande festa nunca foi nosso maior desafio. Isso sabemos fazer bem. O que temos mais dificuldade é em construir uma grande nação, mais próspera, segura, inclusiva. Mas reconheço que a Olimpíada não é apenas uma grande festa. É um evento complexo, que demanda o trabalho de muita gente, organização minuciosa.

Só que seu resultado não foi fruto da gambiarra, como dá a entender o apresentador. O próprio prefeito Eduardo Paes disse isso, tentando frisar que a Olimpíada não foi a prova de que o “jeitinho” funciona:

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Eis o que precisamos, e que explico melhor no meu livro: superar o “jeitinho”! Fazer as coisas com mais seriedade e antecedência, sem contar tanto com os improvisos e a ginga como substitutos para o planejamento e o esforço. Quem acha que “tudo vai dar certo” só porque somos descolados e legais, está redondamente enganado e não sabe do trabalho de bastidores que é necessário para um evento de porte funcionar bem.

E mais: o trabalho de bastidores para um megaevento como a Olimpíada não é só verde e amarelo, como os vira-latas gostariam de crer. É uma organização mundial, aplicada em cada país sede, que já conta com um histórico, com um modelo, como lembra Stephen Kanitz:

As Olimpíadas Foram Bem Administradas. Surpresa? A Administração de Olimpíadas é um assunto que muito se estuda nas faculdades de administração no exterior, por ser o evento administrativo mais complexo da humanidade. 120.000 pessoas precisam ser coordenadas, num espaço de 2 semanas, com precisão de minutos, pois atrasos não são permitidos.

A cada evento olímpico aprendemos alguma coisa. Temos até o termo Legacy, para designar o que cada olimpíada, a de Londres, Grécia, Alemanha tem a nos ensinar, e as aplicamos nesse evento do Rio.

Não foi uma administração brasileira que vimos, mas um legado do aprendizado de todas as Olimpíadas anteriores. Administração é basicamente o ensino de boas práticas coletadas, estudadas, adaptadas e repassadas às gerações seguintes. É muito triste ver a surpresa geral da nação brasileira com o fato das olimpíadas do Rio terem sido bem administradas.

Essa surpresa decorre do fato de que nos 4 anos que tivemos de antecipação, nenhum jornalista brasileiro fez uma única matéria sobre Administração de Olimpíadas. Nenhuma revista de negócios ou jornal procurou um único administrador que nos teria possibilitado antever e ter confiança que esta olimpíada funcionaria.

Conheço praticamente todos os principais jornalistas desse país, e todos sabem que sou formado em administração, e posso afirmar que somente um me procurou para falar sobre High performance management (HPM). Artigo que acabou não sendo publicado.

Em outros países aprendizados com eventos como essas Olimpíadas são usados por empresas bem administradas, aprendizados sobre motivação, busca pela excelência, organização de desempenho, etc. Nada disso aqui é repassado.

Não seremos melhor administrados apesar das Olimpíadas do Rio terem sido bem sucedidas. Nossos clubes esportivos brasileiros, todos quebrados, nada aprenderão. Nada aprendemos, mais uma vez. E acham que assim o Brasil, como uma avestruz, dará certo.

São palavras duras, que cortam o clima de euforia de muitos nacionalistas. Mas não deixam de ser verdadeiras por isso. Sim, muitos brasileiros se dedicaram e fizeram com que o evento fosse um sucesso. Mas não fizeram isso sozinhos. Não abriram mão da experiência internacional que há envolvida na organização desse tipo de evento. E, definitivamente, não foi na gambiarra, no jeitinho, na malandragem, e sim com trabalho sério que tudo acabou dando certo.

O sucesso da Olimpíada do Rio não é prova de que nosso jeito funciona. Ao contrário: é prova de como ele pode ser superado, quando aceitamos aprender com os melhores, copiar o que dá certo no mundo todo, e arregaçar as mangas para trabalhar pesado.

Se o brasileiro sair dessa Olimpíada acreditando que o improviso não tem problema, pois a falta de organização será compensada pelo “calor humano”, então ele terá saído sem aprender absolutamente nada de relevante.

Aproveito para parabenizar a todos os envolvidos nos árduos trabalhos de organização, brasileiros e estrangeiros. Nós sabemos que foi graças a vocês que tudo deu certo, não ao “calor” dos cariocas, que é só a cereja do bolo, o toque de maior emoção em algo que precisa de muito esforço sério nos bastidores.

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Jesus causa polêmica

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Por Thiago Kistenmacher, para o Instituto Liberal

Como se não bastassem as polêmicas em torno dos atletas que prestaram continência, agora o problema é a faixa que Neymar usou na testa. Mas creio que o problema seja com Jesus. Segundo a revista Veja, “O Comitê Olímpico Internacional estuda enviar uma carta de reclamação à Missão Brasileira nos Jogos do Rio 2016”.

Cabe perguntar: o COI enviaria alguma carta caso a faixa apresentasse a frase “100% Maomé”? Ademais, provavelmente também não enviaria carta de reclamação nenhuma caso a faixa apresentasse os dizeres “100% Ogun” ou “100% Pomba Gira”. Não que eu esteja comparando ou criticando qualquer religião, ao contrário. Cada uma delas tem sua história e sua beleza particular. A questão é que o cristianismo, que tem seus problemas, é um dos principais alvos da seita politicamente correta e do multiculturalismo forçado. Negar isso – perdoem o trocadilho – é má-fé.

Jesus causa mesmo polêmica. Já tinha causado polêmica quando, segundo as Escrituras, dois homens perguntaram às mulheres que se dirigiam ao seu sepulcro: Por que buscais entre os mortos ao que vive?” (Lucas 24:5). Jesus causou polêmica quando Paulo se converteu e passou de perseguidor dos cristãos a apóstolo. Também causou polêmica quando o imperador Constantino se convertera ao cristianismo. Jesus causou polêmica quando Agostinho de Hipona se converteu; quando as Cruzadas foram feitas em seu nome; quando Lutero escreveu suas 95 teses e as fixou na igreja de Wittenberg. Enfim, não é de hoje que o nome de Jesus Cristo causa polêmica.

A questão é o tipo de polêmica que ele tem causado ultimamente. Antes tínhamos polêmicas que acabavam com homens mortos nos campos de batalha, hoje temos polêmicas ridículas que acabam em brigas nos grupos de Whatsapp. Outrora tínhamos polêmicas que terminavam com homens vomitando sangue, hoje temos polêmicas que acabam com amizades no Facebook. Antigamente as autoridades exortavam os fiéis a defenderem-se dosataques inimigos, hoje as autoridades exortam os fiéis a defenderem os ataques inimigos. O politicamente correto é a religião para a qual ser cristão é uma heresia.

Mas voltemos à faixa do Neymar. Ele é brasileiro, cristão e usou “100% Jesus” na testa num estádio brasileiro, portanto, o COI quer explicações. E se fosse um muçulmano saudita usando “100% Maomé” num estádio saudita? Tenho cá minhas dúvidas se o COI ousaria se queixar com os teocratas de lá.

É isso. O nome de Jesus Cristo já suscitou polêmicas mais sérias. Mas não podemos comparar Templários com militantes de Facebook, nem a Idade Média com a era dos mimados. Numa época em que o catecismo mais seguido pelo Ocidente é o do politicamente correto, os homens só serão valentes para contestar o uso de uma faixa “100% Jesus”, nunca para encarar o uso de uma metralhadora “100% Maomé”.

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“DETURPARAM O SOCIALISMO”: VEM AÍ O “SOCIALISMO DO SÉCULO XXII”

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Deturparam o socialismo marxista na China de Mao, na União Soviética de Lenin e Stalin, em Cuba com Fidel Castro, na Coreia do Norte, e em todos os outros lugares onde o experimento igualitário coletivista foi feito. Em todos, sem exceção, o resultado foi miséria e escravidão. Mas claro que a culpa não é da ideologia. Ela foi “deturpada”. E se ao menos dessa vez tentarmos com as pessoas certas…

Lembrei disso ao ler essa resenha de Animal Farm, de George Orwell, na revista Galileu, assinada por Bruno Vaiano. Depois de analisar coisas mais banais, como um spoiler no título ou o rock & roll com a literatura, o autor chega ao ponto final, que parecia ser seu único objetivo real. Diz ele:

Orwell teve a ideia para sua fábula distópica após se dar conta de que o ser humano é capaz de domar e comandar animais pelo fato de que eles, apesar de mais fortes, não têm consciência de que estão sendo dominados, e que uma relação parecida se estabelecia entre patrões e o proletariado.

Ou seja, se serviu do próprio princípio da fábula, a inversão entre o papel humano e o animal, como paralelo para a organização do trabalho na sociedade capitalista, para então demonstrar que as relações de poder que se formariam entre os próprios proletários após a revolução poderiam deturpar o ideal socialista. Uma aula de história. 

Puxa vida! Se ao menos esses proletário fossem mais altruístas… tudo ficaria bem no socialismo! Mas os proletários deixaram as “relações de poder” se formar, e eis o que deturpou o “ideal socialista”. Se ao menos esses revolucionários fossem mais abnegados, conscientes dos riscos dessas relações de poder…

Isso, deturparam o socialismo. Hugo Chávez tentou provar isso com o seu “socialismo do século XXI”, que teria aprendido as lições após os “erros” do século XX. Deu nisso que vemos hoje na Venezuela. Só resta esperar o “socialismo do século XXII” para ver se dessa vez vai. O cavalo Sansão continua trabalhando obstinadamente pelo sucesso da revolução. Um pouco de fé, camaradas!

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DESABAFO SOBRE CHICO BUARQUE

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Por João César de Melo, publicado pelo Instituto Liberal

Quem nunca fez besteiras durante a juventude?

Jorge Amado teve seus anos de admiração a Hitler e Stalin. Em 1940, o escritor baiano foi redator do jornal Meio-Dia, o principal divulgador das ideias nazistas no Brasil, naquela época. No livroOs Dentes do Dragão, Oswald de Andrade relata o assédio que sofreu de seu colega baiano, que lhe convidou a compor os quadros do jornal por uma boa grana. Recusou, por razões óbvias.

Quando os horrores do nazismo começaram a ficar claros, Jorge Amado caiu na real e largou o emprego mantendo, porém, a admiração pelo ditador russo. No livro O Mundo da Paz, Amado dedica-se a enaltecer os regimes comunistas, cobrindo Stalin de elogios, qualificando-o como um “sábio dirigente dos povos do mundo na luta pela felicidade do homem sobre a terra”. Este livro, publicado em 1951, teve mais de 10 milhões de exemplares distribuídos na União Soviética.

Demorou, mas um dia o escritor também enxergou os horrores do comunismo. Abandonou a militância e tentou negar esse passado.

José de Alencar foi contra a abolição da escravatura. Na série Ao Imperador: Novas Cartas Políticas de Erasmo, publicada em 1867, três dos sete textos tratam objetivamente da defesa da escravidão no Brasil.

Sua justificativa era tão bizarra quanto a ideia em si. Segundo o romancista, a escravidão era uma forma de educar os negros até lhes conferir instrução e moral suficientes para integrar a sociedade formal.

Este vergonhoso período de seu passado foi escondido pela academia até o ano de 2008, quando seus infames textos foram redescobertos e publicados pelo historiador Hedra Tamis Parron sob o título Cartas em Favor da Escravidão.

Machado de Assis foi um censor do império. Era o encarregado de aprovar ou rejeitar as peças de teatro entre 1862 e 1863 em função dos interesses da Coroa.

Segundo o professor João Roberto Faria, da USP, o escritor seguia dois critérios: Evitar qualquer teor que pudesse atentar contra o moral e os bons costumes; impedir temas e abordagens que pudessem ofender a religião e as autoridades do império.

Quem nunca fez besteiras durante a juventude?

O ex-guerrilheiro comunista Fernando Gabeira, que chegou a participar do sequestro de um embaixador americano, relata em seu livro O Que É Isso Companheiro o caso de Dominguinhos, um dos tantos que protestavam contra a ditadura nas ruas do Rio de Janeiro.

Dominguinhos era membro de uma organização política. Fazia belos discursos marxistas. Tinha total segurança sobre tudo o que defendia, de que o comunismo era lindo, perfeito e viável. Acreditava piamente que lutava pela liberdade. Acreditava que a revolução cubana deveria ser reproduzida no Brasil. Levava bombas caseiras na mochila. Não tinha medo de nada. Dominguinhos não tinha sequer 18 anos de idade.

Chico Buarque também deve ter cruzado com Dominguinhos nas ruas.

O tempo passou. Dominguinhos sumiu. A ditadura caiu. A URSS desmoronou. O mundo mudou. Gabeira acordou. Chico Buarque continua igualzinho, defendendo as mesmas coisas e pessoas… Ideias que a história já comprovou que não dão certo.

Quem nunca fez besteiras durante a juventude?

Quando jovem, Chico Buarque lutou pelo que a maioria de nós também lutaria se estivesse naquele tempo, naquelas circunstâncias.

Quem, na década de 1960, duvidaria que o socialismo era lindo e maravilhoso como dizia a propaganda revolucionária?

As pessoas que o defendiam eram descoladas, eram artistas, eram professores… e defendiam também a liberdade para sexo e drogas. O que pode ser melhor do que isso aos 18 anos de idade?

Gabeira cresceu. Amadureceu. Pousou. Não se transformou em nenhum militante liberal, mas reconhece com tranquilidade que lutava, por ignorância e ingenuidade, em favor de um grupo que pretendia implantar uma ditadura a la Cuba no Brasil.

Gabeira, que ajudou a fundar o PT, hoje defende um distanciamento entre estado e mercado, reconhece que o capitalismo diminui a pobreza e defende com tranquilidade o impeachment.

Chico Buarque, que lutou contra a ditadura brasileira, hoje defende a ditadura cubana, apoia grupos que invadem propriedades privadas e faz musiquinha denunciando o “golpe”.

É perdoável que uma pessoa, 50 anos atrás, tenha defendido o socialismo.

É perdoável até quem, numa juventude recente, também tenha alimentado essas crendices, afinal, defender as pautas socialistas na faculdade é muito divertido, fácil… confere ao jovem um sentimento de heroísmo e as meninas derretem-se por qualquer conversa mole sobre amor e igualdade social.

O que não é perdoável é a militância eterna, a imbecilidade voluntária de pessoas que revivem cotidianamente as conversas esfumaçadas dos centros acadêmicos, ruminando discursos velhos, batidos.

Até quando Chico Buarque, do alto de sua vida burguesíssima, vai posar de comunista?

Estamos vivendo um período tão doloroso quanto vergonhoso de nossa história. Um país arrastado para uma grave crise econômica por uma presidente mentirosa, incompetente e corrupta, mas que conta com o apoio do Chico Buarque. Do Chico Buarque!

Ao lado dele, acompanhando o show de horrores da sessão do senado de hoje, estava Lula, investigado e indiciado por tantos crimes que perdi a conta de quantos são. Por ali também estava Guilherme Boulos, líder do grupo terrorista MTST.

Um artista defender um governo ou um político é um absurdo em qualquer situação. Um artista defender o governo petista e Dilma (Dilma!) é um absurdo imensurável.

O que Chico Buarque faz é comprovar a tese de que o socialismo em algumas pessoas é uma perversão, uma doença que não as deixa enxergar nada além disso. O que vale são as ideias, não o resultado das ideias. Dane-se se der errado! O importante é ir tentando, tentando… Como se a insistência tornasse péssimas ideias em ótimas ideias.

A perversão ideológica representada por Chico Buarque diz que os líderes de partidos comunistas devem ser apoiados a despeito de qualquer absurdo que venham a cometer. Fidel Castro foi um ditador do bem.

Um líder de extrema-esquerda pode mentir, pode fraudar, pode roubar, pode levar um país à desgraça que lá estão eles, os anjinhos socialistas, os pequenos e grandes Chico Buarques defendendo-o, dizendo que toda e qualquer oposição é fascista, representa o retrocesso, como se o socialismo tivesse construído alguma coisa nesse mundo.

Espero, com toda sinceridade, que Chico Buarque tenha muitos anos de vida para que encontre tempo suficiente para enxergar o quanto contribuiu com o atraso do Brasil ao emprestar seu prestígio à defesa de uma corja tão suja. Não precisa confessar em público. Espero que apenas pare de defender vagabundos, ladrões e corruptos em nome da preservação de um ideal fracassado.

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WAGNER MOURA RECLAMA DE BOICOTE A SEU FILME ENALTECENDO UM TERRORISTA COMUNISTA

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Astro internacional e protagonista da série “Narcos”, Wagner Moura está tendo dificuldade no financiamento de sua estreia domo diretor, na cinebiografia de Carlos Marighella.

Segundo o ator, que não revelou nomes, empresas estão rejeitando apoiar um filme de um político e guerrilheiro de esquerda, que em 1969 foi morto pela ditadura militar.

Esse tipo de postura das companhias seria uma represália. Moura é um dos artistas brasileiros mais relevantes a se posicionar abertamente contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ao contrário de vários diretores de marketing.

“Já recebemos e-mails de que não iriam apoiar um filme meu, ainda mais sobre alguém como o Mariguella, um ‘terrorista'”, disse Moura em entrevista ao blogueiro do UOL Leonardo Sakamoto.

Inspirado no livro de “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo”, de Mario Magalhães, o filme será produzido em parceria com a O2 Filmes, do cineasta Fernando Meirelles.

“Esse projeto vem até antes de toda discussão do impeachment”, diz o ator. “A vontade vem desde o quando Mario lançou o livro. Senti muito interesse pela figura do Marighella, baiano como eu. Um sujeito que escapa um pouco à figura do guerrilheiro clássico Che Guevara.”

Então quer dizer que não há muita gente interessada em bancar um filme que torna um terrorista em herói? Que espanto! Onde já se viu? Temos filmes enaltecendo Che Guevara, Olga Benário e tantos outros comunas. O que aconteceu?

Wagner Moura, acostumado a mamar em tetas estatais, não gostou da liberdade do mercado. Se não há empresário disposto a financiar seu projeto, isso só pode ser “censura”, um boicote ideológico. Não importa que Moura esteja estampado em inúmeros outdoors em Miami, com a segunda temporada da série Narcos, da Netflix.

Se dessa vez não querem dar aquela mãozinha camarada, então é porque ele está sofrendo “represália” por ter sido contra o impeachment. Claro, não tem nada a ver com o fato de que seu herói disse coisas como essas aqui:

“O guerrilheiro urbano tem que ser uma pessoa preparada para compensar o fato de que não tem suficientes armas, munições e equipe”. 

“É necessário que todo guerrilheiro urbano mantenha em mente que só poderá sobreviver se estiver disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão. E se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, os latifundiários e os imperialistas”.

Não é fofo? Wagner Moura tentou transformar esse poço de solidariedade num herói, mas não está encontrando apoio de muitos empresários. Puxa vida! Que mundo injusto! Por que o ator e diretor não bate na porta dos milionários esquerdistas? Tenho certeza de que adorariam alimentar o monstro que quer destruí-los.

A esquerda caviar é realmente patética. Enquanto tiver de sobreviver do seu próprio dinheiro, menos mal. O que não aceitamos de forma alguma é o uso dos nossos impostos para subsidiar esse tipo de lixo, de propaganda ideológica disfarçada de filme, de proselitismo tosco fazendo de marginais e terroristas os heróis do povo.

Vai pro inferno, Wagner Moura! E lá você conhecerá o verdadeiro Marighella, assim como o verdadeiro Che Guevara. Mas toma cuidado: esses tipos de assassinos não costumam se sensibilizar com os “intelectuais” e artistas engajados da elite culpada que fazem discursos socialistas da boca pra fora. Eles querem ação mesmo. Eles têm sede de violência. Che Guevara ficava excitado com o odor do sangue das suas vítimas. Não vai se contentar só com a simulação nas telas. Você vai acabar no paredão de fuzilamento que eles devem ter montado lá no inferno…

E quanto ao seu filme asqueroso, pode ter certeza de que não serão apenas os empresários que vão “boicotá-lo”. O público também vai. Ninguém, à exceção desses seus companheiros petistas do “Fora, Temer” que não enchem nem uma Kombi, quer ver essa porcaria ideológica.

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O QUE HÁ DE ERRADO COM OS IMIGRANTES?

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Por Mario Guerreiro, publicado pelo Instituto Liberal

Há alguns anos, o Primeiro-Ministro da Áustria declarou que ia fechar as fronteiras de seu país para a imigração. A grande mídia que, em sua maioria é esquerdista, o rotulou imediatamente de “nazista”. Que despautério! Ele deveria estar preocupado com os problemas culturais e econômicos advindos da imigração em massa, principalmente de muçulmanos.

Pelo que sabemos, a Áustria é um país soberano e todo aquele que assim é goza do direito internacional de acolher ou não imigrantes e, caso os acolha, selecionar o tipo de imigrante que deseja. Digo isto, porque um país como a Áustria, assim como boa parte dos países europeus, tem uma grande escassez de oferta de empregos para mão-de- obra não qualificada. Sendo a maioria desses imigrantes mão-de- obra não qualificada, eles são um verdadeiro ônus para qualquer país nessas condições. O mais provável é que se transformem em agentes da economia informal (camelôs) e se beneficiem de serviços sociais para os quais não contribuíram e/ou, coisa ainda pior, engrossem a marginalidade.

Nem uma coisa nem outra trazem benefícios para os países que imigram, coisa que tanto a ONU como as igrejas se recusam a ver, apiedados que estão dos pobres refugiados. Barack Obama (Partido Democrata) o pior Presidente dos Estados Unidos, depois de Jimmy Carter (Partido Democrata) não se cansa de repetir dois surrados refrões: “O islamismo é uma religião pacífica” (Só acredita nisto quem nunca leu O Corão) e a América (EEUU) é um país de imigrantes”. Este segundo refrão era verdadeiro antes, durante e depois das duas Guerras Mundiais, mas deixou de ser no período pós-guerra fria.

Tanto na Primeira como na Segunda Guerra, os Estados Unidos receberam grandes levas de imigrantes de países europeus, mas esse tipo de imigrante era muito diferente do tipo atual. Na sua maioria, eram profissionais liberais, muitos deles com curso superior e/ou um ofício técnico em seus países de origem, que fugiam da perseguição nazista e/ou das precárias condições econômicas da Europa devastada pela guerra. Sua vinda parathe home of the brave and the land of the free foi uma grande contribuição cultural e econômica para os EEUU. Diferentemente dos imigrantes atuais, na sua maioria hispânicos, mas também asiáticos e muçulmanos.

Para citar apenas alguns nomes altamente qualificados: Ernst Cassirer, filósofo neokantiano judeu alemão; Fritz Lang, cineasta judeu alemão; Milton Friedman, Prêmio Nobel de Economia, nascido no Brooklin, mas filho de imigrantes judeus russos; Ayn Rand, filósofa judia russa, que fugiu do Reino do Terror de Lenin, Benny Goodman, “o rei do swing”, filho de judeus russos, etc. E só para que não digam que cito apenas nomes de judeus: Charles Chaplin, inglês naturalizado americano; Nikola Tesla, grande inventor sérvio da época de Thomas Edison e seu concorrente; Robert Oppenheimer, grande físico americano filho de imigrantes alemães, etc.

A imigração em massa, algo semelhante à da Segunda Guerra, começou com grandes levas de muçulmanos que entravam na Itália através da Ilha de Lampedusa, uma ilha da Itália insular mais próxima da África do Nortedo que da Itália continental. Posteriormente, com o acirramento da guerra na Síria, imigrantes muçulmanos e cristãos atravessaram o Mar Egeu para aportar na Grécia continental e se deslocarem para outros países da Europa. Angela Merkel aceitou mais de 1 milhão desses imigrantes, coisa que talvez faça com que o seu partido perca as eleições na Alemanha e um indício de que a maioria dos alemães não aprovaram esse gesto de “generosidade” da Primeira-Ministra.

É inegável que a maioria desses imigrantes, refugiados da guerra civil síria e do regime despótico de Bashar Al-Assad, são pessoas que perderam suas casas e parentes próximos. Não são movidos por nenhuma ideologia,mas sim pelo instinto de sobrevivência e pela esperança de uma vida melhor na Europa. Todavia, ninguém tira da minha cabeça que, entre esses refugiados, estão muitos terroristas e/ou potenciais terroristas pertencentes ao – ou simpatizantes do – Estado Islâmico e de outras facções terroristas islâmicas.

Além disso, se são imigrantes ilegais, toda nação soberana goza do direito de deportá-los, embora algumas dessas nações, por questão de tibieza e/ou excesso de tolerância, tenham mostrado não desejar exercer esse legítimo direito.

Candidato do Partido Republicano à presidência dos EEUU, Donald Trump, tem sido acusado por membros do Partido Democrata e da grande mídia de ser “racista” e “xenófobo” por querer deportar todos imigrantes hispânicos e muçulmanos. Não é verdade! O que ele tem dito, reiteradas vezes, é que ele quer deportar os imigrantes ilegais que invadiram os EEUU, o que significa dizer que ele quer mesmo é cumprir a lei de imigração.

Como sabemos, nos dois governos Obama foi feita vista grossa para a imigração ilegal e suas péssimas consequências para o país. Além disso, Obama quer passar uma lei de anistia para os ilegais, e Hillary está de pleno acordo com ele. É claro que ambos têm assumido atitude idêntica à da ONU e do “ingênuo e piedoso”. Papa Francisco, no sentido de acolher de braços abertos esses pobres refugiados. Desconheço os verdadeiros objetivos do Papa, se é que ele os tem, mas os de Obama e Hillary são inequívocos objetivos politiqueiros.

Imigrantes hispânicos, islâmicos e minorias étnicas, como a dos negros americanos, somados são cerca de 30% do eleitorado americano, uma porcentagem que pode decidir uma eleição. O Partido Democrata, desde os tempos de JFK. tem procurado atender às reivindicações, nem sempre legítimas, dessas minorias insatisfeitas e ruidosas. Daí, não é de causar espécie que ambos, Obama e Hillary, jamais terem usado a expressão “terrorismo islâmico” e Obama ter visitado mesquitas e repetido seu desgastado refrão: “O islamismo é uma religião pacífica”. Me engana que eu gosto!

Por trás dessa frouxidão em relação ao terrorismo islâmico – envolvendo a ONU, o Papa, a grande mídia internacional, a Europa e os Estados Unidos, estão em jogo uma distorção do conceito de tolerância: Ser tolerante com quem não nos tolera: os muçulmanos desejosos de cumprir os mandamentos do Corão degolando todos os “infiéis” (judeus e cristãos) e os que não os cumprem, por covardia ou timidez, aplaudindo aos cumpridores fundamentalistas.

Quanto aos negros, a situação é diferente. O movimento Black Lives Matter (As Vidas dos Negros são Importantes), aplaudido por Obama e por Hillary como uma justa reação contra o racismo dos WASPS (White American Anglosaxonic Protestants) é na realidade, um racismo às avessas (reverse discrimination). Adquirimos essa certeza quando ficamos sabendo algumas informações escondidas pela grande mídia esquerdista: 70% dos homicídios, assaltos e latrocínios nos EEUU são cometidos por negros e na maioria deles as vítimas são os próprios negros. Isto não é preconceito racial: é estatística! De onde se conclui que há sérios problemas sociais com as famílias e as comunidades negras. Mas isto não tem a menor importância para os democratas e para Hillary, contanto que os hispânicos, os muçulmanos e os negros aumentem seu injustificado horror a Trump e despejem seus votos no “poste” de Obama.


LULA FOI O MAIOR DERROTADO NAS ELEIÇÕES. OU: O GOLPE QUE O PT SOFREU… FOI NAS URNAS!

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Este domingo foi um dia importante para o Brasil em vários aspectos, e à exceção do resultado no Rio de Janeiro (a ser comentado depois), as eleições municipais mostraram a crescente rejeição do eleitor ao PT. O “partido” de Lula não chegou a ser exterminado, mas sofreu um duro golpe. Não um “golpe” como os petistas se referem ao caso do impeachment, que foi constitucional, mas um golpe nas urnas, da democracia, do povo.

A quadrilha de Lula perdeu cerca de metade do tamanho nos municípios. Levou uma sova de outros partidos, tanto em termos de prefeitos como de vereadores. Até o PDT assumiu um protagonismo maior na oposição, mostrando que o petismo e a esquerda continuam vivos, mas que Lula é totalmente desprezado. Vejam a variação do número de prefeitos, por exemplo:

Enquanto o PSDB cresceu 15% e possui quase 800 prefeitos, o PT caiu 60% e está com bem menos de 300 prefeitos. Até o DEM conseguiu emplacar mais prefeitos. Se Lula chegou a dizer que iria “exterminar” o DEM da política, foi o seu “partido” que quase saiu exterminado das urnas neste domingo. É justo. É até pouco: essa máfia disfarçada de partido deveria ter seu registro cassado após tantos abusos e crimes.

Mas não deixa de ser alvissareiro ver a resposta do próprio povo nas urnas. Candidatos petistas esconderam a estrela vermelha nas campanhas, recusaram aparecer ao lado de Lula ou Dilma. Os que bancaram a aposta se deram mal. No Rio, Jandira Feghali, do PCdoB, mas bancando a candidata petista que o “partido” não tinha, fez comícios ao lado de Lula e Dilma. Acabou com menos de 4% dos votos! O PT tem agora menos vereadores do que o DEM:

A surra que o PT levou pode ser medida de outras formas também. Em 2012, Fernando Haddad teve 1.776.337 eleitores no primeiro turno. Ontem, foram 997.190. Claro que ainda espanta alguém como Haddad ter quase um milhão de votos, e isso prova que não dá para relaxar, que o petismo continua vivo, apesar de tudo. Mas é ainda assim uma ilustração de como o “partido” saiu minguado dessas eleições.

A mesma coisa ocorreu em Campinas. Marcio Pochmann, aquele que destruiu o Ipea e foi apoiado por Lula, que participou de sua campanha, passou de 147 mil votos em 2012 para 74 mil agora. Um fracasso total, que nem as pesquisas manipuladas que o Ipea fazia em seu tempo de presidente seriam capazes de mudar.

Por falar em pesquisa, o Ibope foi outro derrotado ao lado do PT. Sua última pesquisa em São Paulo, divulgada no sábado, mostrava João Doria com 35% dos votos. A margem de erro foi de estrondosos 18%. Como escreveu O Antagonista: “A TV Globo e o Estadão, que encomendaram a pesquisa, deveriam se recusar a pagá-la. Sim, o Datafolha se saiu infinitamente melhor”.

Voltando ao PT, a pancada que levou ontem do povo brasileiro nas urnas foi tanta que lhe restou apenas o banana do Suplicy como bastião da estrela vermelha, eleito por 300 mil débeis mentais. E pior: os petistas celebraram muito essa incrível conquista, esquecendo que o homem saiu de senador para vereador, já que fora derrotado para a reeleição no Senado.

O PT vibrou muito com a queda. Um leitor resumiu bem a questão: “A situação petista é tão trágica que estão comemorando a eleição para vereador de um ex-senador e uma das maiores figuras do partido! Seria como se o Corinthians comemorasse a vitória da serie C do brasileirão!” Que fase!

Outro exemplo de fracasso petista nas urnas foi a mocinha que fala em nome dos “estudantes”, mas que foge do estudo como o diabo da cruz. A presidente da UNE, Carina Vitral, foi um dos maiores desastres eleitorais deste domingo. Como resumiu O Antagonista: “Candidata à prefeitura de Santos, ela teve 6% dos votos, com apenas 14 mil eleitores, a metade do que conseguiu o candidato a vereador Professor Kenny. O eleitorado escolheu o professor e reprovou a estudante”. Parece que a comunistazinha tinha telhado de vidro…

Por fim, mais uma derrota de Lula neste domingo, da esquerda em geral: o acordo de “paz” na Colômbia foi vetado em plebiscito, ganhou o “não”, para a surpresa dos jornalistas. Não vamos esquecer que Lula chegou asugerir que os terroristas das Farc virassem partido político: “Se, em um continente como o nosso, um índio e um metalúrgico podem chegar à Presidência, por que alguém das Farc, disputando eleições, não pode?”, disse Lula em Rio Branco (AC).

Derrotado novamente. Derrotado em praticamente tudo! Humilhado em São Paulo, onde Dória deu um show, e os paulistas mostraram bom senso ao eleger logo no primeiro turno um empresário de sucesso, com discurso liberal. Lula deve ter ficado atônito neste domingo com esses resultados todos. Mas calma: é apenas o começo de seu crepúsculo como líder das esquerdas, da nação.

A Lava Jato vem aí, o juiz Sergio Moro foi bastante aplaudido e tratado como herói na hora de seu voto (que com certeza não foi em petista), e o ex-presidente está cada vez mais enrolado. Não parece muito distante o dia em que Lula receberá a visita do japonês da Federal para ser levado a Curitiba. Terá de abandonar não só seu sítio e sua cobertura tríplex em frente a praia, o que já precisou fazer para tentar se proteger na Justiça, como também sua casa oficial. O Brasil aguarda ansioso pelo momento em que Lula será, após sofrer duro golpe nas urnas, finalmente preso. O sol irá raiar com mais brilho nesse dia.

POR QUE É PRECISO UM LIMITE DE TEMPO PARA PERMANÊNCIA NO BOLSA FAMÍLIA?

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Por Adolfo Sachsida, publicado pelo Instituto Liberal

Em 2004, 5 milhões de famílias eram atendidas pelo Bolsa Família. Hoje são aproximadamente 14 milhões de famílias, algo próximo a 50 milhões de pessoas, isto é, 1 em cada 4 brasileiros recebe benefícios desse programa. Em outras palavras, 3 a cada 4 brasileiros é obrigado a trabalhar para sustentar o quarto. Resta evidente que um programa dessa magnitude, e que só faz crescer o número de beneficiários, não pode ser sustentável a longo prazo. Sim, é verdade que os gastos desse programa são relativamente baixos (em torno de 1% do orçamento federal), é verdade também que esse programa tem fortes e positivos impactos sociais.

O grande problema do Bolsa Família é sua porta de saída: depois que passam a fazer parte do programa as famílias dificilmente saem dele. Desde o seu começo em 2003, algo em torno 2 milhões de pessoas que recebiam o benefício o deixaram de receber (pois saíram da linha de pobreza coberta pelo programa). Esse número expõe uma realidade cruel: o Bolsa Família, apesar de ajudar o beneficiário, é um completo fracasso no que se refere a sua habilidade de “ensinar a pescar”, isto é, em preparar o beneficiário a seguir em frente sozinho.

Minha sugestão para esse problema é operacionalmente simples: colocar um limite máximo de tempo, ao longo da vida, que cada pessoa poderia receber ajuda do Bolsa Família. Minha sugestão é que seja criado um limite máximo de 5 anos, ao longo de toda a vida, que a pessoa poderia receber Bolsa Família. Sendo que esse período seria dividido em duas partes. A primeira com limite máximo de 3 anos; e a segunda com limite máximo de 5 anos descontado o tempo que foi utilizado na primeira vez. Sendo que o indivíduo apenas poderia usar o benefício pela segunda vez depois de um espaçamento mínimo de 3 anos, após ter usado o benefício pela primeira vez.

Exemplo prático: João passou a usar o Bolsa Família e usou esse benefício por 2 anos e 10 meses (lembre-se que nessa primeira fase o limite máximo de tempo é de 3 anos). Depois disso conseguiu um emprego, mas 4 anos depois precisou novamente do programa (lembre-se que existe um intervalo obrigatório mínimo de 3 anos entre o final do recebimento do benefício e o começo do direito de se receber o benefício novamente). Como João já havia recebido o Bolsa Família por 2 anos e 10 meses, ele tem direito a receber o benefício por mais 2 anos e 2 meses (2 anos e 10 meses + 2 anos e 2 meses = 5 anos (tempo máximo do benefício)).

A exigência de tempo máximo faz uso de 3 premissas econômicas importantes: expectativas racionais, aversão ao risco, e incentivos corretamente alinhados. Sabendo que ficarão sem o benefício o próprio indivíduo, apoiado por sua família, tentará sair dele o mais rápido possível. Afinal, quanto mais tempo permanecer no programa, maior será o risco de uma adversidade futura (quando o tempo de benefício somado não poderá exceder 5 anos). O próprio indivíduo tentará se qualificar, e terá os incentivos corretos para sair do programa o mais rápido possível.

Claro que devemos nos lembrar de CANCELAR o Bolsa BNDES. Afinal, não faz sentido estimularmos o pobre a trabalhar e não procedermos da mesma maneira para com os ricos.

lancamento

APITAÇO CONTRA BANDIDOS? AGORA VAI!

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Moradores de Copacabana estão usando apitos para tentar diminuir as abordagens de assaltantes. A ideia deles é intimidar os criminosos quando eles anunciarem um assalto. Neste domingo (23) eles aproveitaram para fazer um apitaço e protestar contra os assaltos que vêm acontecendo no bairro.

Os moradores dizem que não aguentam mais tantos assaltos. “Eu vejo quatro, cinco assaltos por dia na rua Figueiredo de Magalhães, esquina com Nossa Senhora de Copacabana. Não tem um policial militar. Um. E você fica à mercê dos assaltantes. À mercê”, criticou a vendedora Aline Araújo.

E vem mais apitaços por aí. O movimento Viva Copacabana distribuiu 400 apitos. Para o coordenador do movimento, é a mais nova arma contra a insegurança no bairro. “O objetivo é exatamente os moradores terem alguma ferramenta que possa inibir psicologicamente o criminoso. Ao ouvir o apito, o apito dá sinal de alerta. E aí o que acontece? Aquela pessoa que tá premeditando o crime, ele vai ficar com medo”, acredita o coordenador Toni Teixeira.

Nada contra a iniciativa. Pode surtir algum efeito, por menos que seja. É o grito – ou melhor, o apito – dos desesperados, cansados de tantos assaltos, tanta marginalidade. Gostariam de mais policiais, mesmo os que votam em Freixo e, com ele, cospem na polícia como se fosse uma entidade “fascista”. No fundo, todos clamam por mais policiais na hora do aperto.

Mas não deixa de ser engraçado, ainda que triste, depositarem as esperanças num poderoso… apito! O Rio tem bandidos cada vez mais ousados, que matam policiais nas favelas mesmo durante as Olimpíadas, com o mundo todo atento ao que se passa na cidade. São fortemente armados, desafiam a lei o tempo todo, e contam com o salvo-conduto dos “intelectuais” de esquerda, que culpam a sociedade ou o sistema pelos atos desses indivíduos.

Aliás, parêntese: li uma boa outro dia, que pela ótica de Freixo o deputado Eduardo Cunha não deveria ser preso, e sim ingressar numa ONG qualquer para aprender capoeira e artesanato para se “reeducar”. Ironias à parte, a esquerda é mesmo a defensora dos bandidos por excelência, desde que o bandido não seja de outra quadrilha concorrente. Fecho o parêntese.

De volta à realidade: vamos combater o crime com… apitos?! E a turma do desarmamento vai ao delírio. Qual o próximo passo? Distribuir rosas para que os cariocas ofereçam amor aos marginais em busca de sua “conscientização”? “O objetivo é exatamente os moradores terem alguma ferramenta que possa inibir psicologicamente o criminoso”, diz o coordenador do movimento. Que tal um instrumento que possa inibir de fato o bandido, como… uma arma? Algo me diz que seria mais eficaz…

Rodrigo Constantino

Che Guevara, o herói dos idiotas úteis

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Por Jenifer Castilho

Primeiramente, o que significa “idiota útil”? Como a própria expressão diz, é alguém que é idiota (ou até mesmo inocente), porém é útil para alguma causa.

Quem usava essa expressão era um líder da esquerda chamado Lênin e se dirigia à manipulação ideológica causada pela doutrina socialista. Lênin contava com um grupo de propagandistas, pessoas normais, que davam apoio ao movimento socialista achando que estavam lutando por um mundo melhor. Acontece que quando não fossem mais úteis seriam mortos, exilados ou presos.

Um exemplo de idiota útil nos dias de hoje é um famoso deputado gay que se vestiu e homenageou Che Guevara. Será que ele sabe que Che apoiou os campos de concentração de Castro para os homossexuais? Campos que abrigavam todos aqueles que não se encaixavam na ideia do “homem novo”. Gays, portadores de HIV, católicos, alcoólatras, todos eram mandados para o campo de concentração.

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Houve uma ocasião também em que Che Guevara viajou para Argélia e visitou a embaixada cubana local, ao olhar os livros da estante se deparou com o Teatro Completo de Virgilio Piñera e disparou: “Como é que você pode ter o livro dessa bicha na embaixada?” E atirou o livro pela parede. (INFANTE, 1996, p.341)

Outro exemplo de idiota útil atual são os negros que defendem com unhas e dentes o famoso revolucionário Che Guevara, o mesmo autor da frase: “O negro indolente e sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia que o persegue até estas paragens da América e o leva a progredir”. Parece que Che não era politicamente correto, não é mesmo?

Quem nunca viu uma pessoa com uma camisa com o rosto de Che Guevara estampado nela? Se você perguntar ao indivíduo da camisa sobre esse homem histórico, ele provavelmente te responderá o que leu nos livros do MEC, que Che foi um famoso revolucionário socialista, argentino, defensor dos pobres e oprimidos.

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O idiota útil não mencionará que, quando a revolução triunfou, Che ficou encarregado de uma prisão em Cuba chamada La Cabaña, na qual mandou fuzilar mais de quatrocentos cubanos. Noventa por cento deles eram presos de consciência, ou seja, simplesmente discordavam do sistema defendido por Che. Isso está historicamente documentado, inclusive na Argentina.

Che Guevara foi um assassino a sangue frio que colocava no paredão para ser fuzilados todos os que discordavam de seus ideais. Ironicamente, ele é o herói da esquerda brasileira, aquela que prega tanto contra a pena de morte e ao mesmo tempo defende o aborto. Vai entender!

Mas por que o idiota útil ao ser confrontado não te contará essas informações tão importantes? Simples, ele não as conhece! Ele só sabe o que a mídia diz e o que o livro do MEC afirma. Mas para não ficar apenas nas minhas palavras, coloco abaixo frases célebres do herói dos idiotas úteis:

  1. “Fuzilamentos? Sim, fuzilamos e continuaremos fuzilando sempre que necessário. Nossa luta é uma luta [dedicada] à morte.”
  1. “O negro indolente e sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia que o persegue até estas paragens da América e o leva a progredir.”
  1. “Meus amigos só são amigos quando eles pensam ideologicamente como eu.”
  1. “O ódio como fator de luta. O ódio intransigente ao inimigo, que impulsiona além das limitações naturais do ser humano e o converte em uma efetiva, seletiva e fria máquina de matar. Nossos soldados têm que ser assim.”
  1. “Há que levar a guerra até onde o inimigo a leve: à sua casa, aos seus lugares de diversão; fazê-la total. Há que impedir-lhe de ter um minuto de tranquilidade, um minuto de sossego… atacá-lo onde quer que se encontre; fazê-lo se sentir uma fera acossada por cada lugar que transite.”
  1. “Asseguro a vocês que se [Jesus] Cristo cruzasse meu caminho eu faria o mesmo que Nietzsche: não hesitaria em esmagá-lo como um verme.”
  1. “Os jovens devem aprender a pensar e agir em massa. É criminoso pensar como indivíduos.”
  1. “Como é que você pode ter o livro dessa bicha na embaixada?”

Pois é, essas frases não foram ditas por Jair Bolsonaro, por Hitler, por Osama Bin Landen, por Brilhante Ustra ou por Donald Trump. Foram ditas por Che Guevara.

Antes de você criticar Jair Bolsonaro por ter saudado o Coronel Brilhante Ustra (aquele que você nem sabe quem foi), deixe sua hipocrisia de lado e jogue fora sua camisa do assassino Che Guevara. E antes de querer lutar por um mundo melhor, arrume sua própria cama.

É preciso ler os livros que Che escreveu e não o que se escreve sobre ele.

FONTES:
1) Discurso de Che Guevara na ONU em 1964; 2) “Diario de Motocicleta – Notas de Viaje Por América Latina”, Che Guevara; 3) “Mi hijo el Che”, Ernesto Guevara Lynch; 4) Mensagem de Che à “Organización de Solidaridad con los Pueblos de Asia, Africa y América latina”, Abril de 1967; 5) Mensagem de Che “aos Povos do Mundo Através da Tricontinental”, 19676) “Che – El argentino que quiso cambiar el mundo”, Pacho O’Donnell;7) Diario de la Sierra Maestra (citação em “Hijos del retrogresismo”, Fundación para el Progreso)8) “Mea culpa”, Guillermo Cabrera Infante.

 

 

Rodrigo Constantino

3 SINAIS DE QUE ESTAMOS CADA VEZ MAIS INFANTILIZADOS E DEPENDENTES DO GOVERNO

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Por Edemir Bozeski, publicado pelo Instituto Liberal

Não é difícil constatar que os hábitos domésticos e familiares, têm grande influência na formação da criança e refletirão posteriormente na vida adulta. Esse é o ponto de partida para que fiquemos atentos aos 3 sinais de que estamos cada dia mais infantilizados e dependentes do governo:

As experiências na infância

Senão vejamos: Quando somos crianças, nosso almoço está sempre pronto à mesa e nossa cama está sempre arrumada. Depois, alguém vai lavar a louça ou as nossas roupas.

Observe que sempre existe alguém fazendo algo para nós, seja nossa mãe ou a diarista, de forma que temos ao nosso dispor o funcionando da casa, mesmo que não colaboremos em nada! A criança aprende, indiretamente, a não colaborar com o funcionamento do local onde vive. Evidentemente, há exceções!

A consequência disso é que essa criança vai exigir do Estado o mesmo, quando for viver em sociedade, posto que ela aprendeu a ter alguém fazendo algo por ela. Se jogar lixo na rua, vai exigir que o Estado providencie um gari para limpar. Não vai se dedicar aos estudos, não vai empreender, porém, vai querer ter sucesso e ser bem-sucedida. Acabamos sendo um povo mimado!

E o pior: a precariedade da educação doméstica perniciosa ao nosso futuro, é habilmente utilizada pelo Estado para interferir em nossas vidas, criando a mesma dependência existente em nossa casa.

O indivíduo “órfão” com dificuldades de dirigir sua própria vida

Isso ocorre através da infantilização da população, causada por uma dependência exagerada e desnecessária ao Estado, pois sem ele as pessoas se sentem “órfãs” e não sabem dirigir sua própria vida. Observe que ao longo dos anos, diversos governos vêm sistematicamente impondo políticas de dependência, através das quais se assenta o hábito de que ele, o Estado, vai cuidar de nós, assim como ocorre em nossa vida doméstica. Ele cuida do nosso dinheiro (FGTS), da nossa previdência, da nossa saúde e da educação, assim como nossos pais cuidaram de nós durante a infância.

É uma estratégia utilizada há muitas décadas, como forma de tratar a população de forma infantil, beirando à debilidade. E a lógica disso é que, quando você trata alguém como criança, a tendência é aquela pessoa se comportar como tal. Não é de se estranhar que a presidente anterior se dirigiu à população, através de um discurso pueril, mencionando “estocagem de vento” e “elogios à mandioca”.

Em razão disso, aceitamos como normal a presença de um funcionário público em nossa casa, visando combater um mosquito em nosso quintal (aedes aegypti), pois não sabemos fazer isso por conta própria. De igual modo, o ascensorista tem que apertar o botão do elevador, pois também não sabemos manusear os inúmeros botões do dispositivo. Por último, precisamos de um frentista para encher o tanque do automóvel. Esses são exemplos clássicos de infantilização de uma população!

A falta de iniciativa e motivação

Essa dependência e infantilização causam danos irreparáveis, pois torna as pessoas sem iniciativa e desmotivadas, criando uma população sem autoestima, deslumbrada com as qualidades dos outros povos e não do seu próprio país. Em países onde se aplica a liberalismo econômico, essa infantilização e falta de iniciativa da população, é praticamente inexistente!

Quando completam 18 anos, em países como Estados Unidos e Canadá, os jovens têm que sair de casa. Quando ainda estão em casa, eles colaboram com a administração doméstica, seja lavando pratos ou arrumando a cama. Essa cultura de independência e colaboração, faz com que esses países sejam empreendedores e a consequência disso, por óbvio, é a prosperidade e uma existência agradável na sociedade, com a colaboração para o seu funcionamento, seja cuidando dos lugares públicos ou cortando a grama da sua própria casa, posto que ela não é algo somente individual, mas parte de uma visão coletiva.

Aos brasileiros, cabe uma melhor compreensão sobre o que é ser dono do seu próprio destino. Poderíamos começar, por exemplo, exigindo que nós mesmos administremos nosso dinheiro, como o do FGTS, e não o governo! O FGTS e outras contribuições são verdadeiros confiscos, com a desculpa de que o governo está cuidando do nosso dinheiro.

A verdade, todavia, é que ele usa esse dinheiro para financiar um estado gigantesco e desnecessário, através de custos exorbitantes de administração (no caso do FGTS, menos da metade da inflação). É uma espécie de “consórcio do mal”, onde a taxa de administração é absurda e insuportável para o consorciado, no caso, os pagadores de impostos e o bem a ser usufruído é entregue pela metade, em razão da sua baixa rentabilidade!

Como superar esse problema?

A solução, sem dúvida, é o Estado parar de agir como empresário e deixar sob a responsabilidade da iniciativa privada as áreas incompatíveis com o governo (petróleo, eletricidade, sistema bancário, entre outras), posto que isso evita a necessidade de buscar recursos na sociedade, via impostos, para administrar a máquina governamental, além de impedir a péssima administração estatal nessas áreas, com o tradicional uso político dos cargos utilizados para rapinagem endêmica, como visto no caso da Petrobras.

Frise-se que a iniciativa privada é a verdadeira geradora de riqueza, aquela que mantém, inclusive, o Estado através dos impostos. É ela quem deveria ser a maior protagonista no país, mas hoje é o Estado, eis que sua onipresença é evidente em grande parte dos setores produtivos e burocráticos do país.  O Estado deveria operar tão somente onde a iniciativa privada não atua, como a diplomacia, poder judiciário, polícia, entre outros.

O que podemos concluir é que a dependência ao Estado e a infantilização da população são intencionais, para que não haja contestação à atuação do Estado nas áreas econômicas não condizente com seu mister, prejudicando, sobremaneira, a população, principalmente os mais pobres, com serviços caros e ineficientes, relegando à iniciativa privada a fama de vilã do protagonismo econômico.

Sobre o autor: Edemir Bozeski é formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Marine Le Pen exige reciprocidade do mundo islâmico

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Marine Le Pen, candidata da extrema-direita francesa à presidência da república recusa-se a usar o véu em encontro com o Grand Mufti no Líbano - autoridade religiosa máxima no país.

Independente da ideologia desta senhora, um tipo de ‘direita’ estatista, como seu próprio pai, Jean-Marie Le Pen marcou a Frente Nacional, seu partido com traços totalitários e antissemitismo. O fato é que neste caso, sua filha tem razão! Ora, se é para respeitarmos as culturas em suas especificidades, sobretudo quando se trata de formalidades diplomáticas, por que apenas um lado é cobrado protocolo? Por que a formalidade de respeitar a liberdade de expressão (e a vestimenta corresponde a uma delas) não é igualmente exigida de uma autoridade do mundo islâmico?

O que nos causa espécie é a arrogância cultural chamemos assim de quem se sente ofendido por uma representante política não usar o véu islâmico com uma autoridade religiosa, mas ao mesmo tempo não esboça nenhuma reação pelo país desta mulher e política exigir que não se use o véu em escolas ou em fotos como identidade, afinal para identificar uma pessoa se necessita ver seu rosto. Por que vale para um e não vale para outro? Nem estamos entrando no mérito de certo ou errado usar véus, nossa opinião é pró-Ocidente mesmo, mas se for valer o respeito à alteridade, por que diabos não nos dão o mesmo respeito?

Pense nisto.

VD

 

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Leis inúteis e leis que precisam existir

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Coisa doida… Em primeiro lugar, para que serve uma lei? Se não for para ser cumprida, no Brasil, ela apenas aponta o ideal. Ora! Para ideais temos o que se chama de ideologia! Matéria feita pelo site UOL[1] disponibiliza dados dos efetivos policiais de 26 das 27 unidades federativas do país (alguns defasados e apenas um não disponibilizado) comparando o que seria o ideal com o que existe atualmente. Até aí normal estamos em um país com excesso de leis e pouca em seu cumprimento, o que nos leva a crer que seria muito melhor termos um quadro enxuto, mas com leis eficazes. Agora, o que realmente surpreendeu é que o único estado (veja, o ÚNICO) que cumpre esta lei de ideais é, aquele mesmo no qual houve a mais recente erupção de contravenção e violência no Brasil, o Espírito Santo. Realmente, como dizem: nosso país não é para amadores.

Por outro lado, o ministro licenciado, Alexandre de Moraes terça-feira passada em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça defendeu a ampliação da pena de três para dez anos por crime de latrocínio ou homicídio praticado por menor de idade. Ainda observou que em 28 anos, nossa Constituição teve cerca de 101 emendas, mas quando se fala em alterar algum dispositivo do Estatuto da Criança e do Adolescente é como se estivesse cometendo alguma heresia.

Este é o tipo de coisa que, definitivamente eu não entendo neste país, por que uma lei que torna a vida das pessoas um pouco mais justa, não conta com apoio de magistrados e juristas?

VD

 

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[1] Notícias UOL. “PMs de 25 Estados não têm o mínimo de soldados previsto nas leis estaduais”. Acesso em 22 fev. 17.


E o Oscar de Maior Hipócrita vai para...

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Pessoal, só para simplificar... O Nexo Jornal publicou uma matéria sobre a politização da noite do Oscar (coisa que não perco tempo assistindo, ainda mais após o arrombo cultural que são as séries do Netflix...).[1]

Mas vejamos aqui um protesto do diretor iraniano:

ASGHAR FARHADI O diretor iraniano venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro com “O Apartamento” mas não compareceu à cerimônia em boicote à suspensão da entrada nos EUA de muçulmanos de sete países, incluindo o Irã, decretada pelo presidente Donald Trump. Um pronunciamento do diretor foi lido na entrega do prêmio, explicando sua ausência. “Estou ausente em respeito às pessoas do meu país e de outras seis nações que foram desrespeitadas pela lei desumana que barra a entrada de imigrantes nos EUA” Asghar Farhadi Em pronunciamento lido por representantes no Oscar 2017

Agora vejam esta figura em um jornal esportivo iraniano:

racismo iraniano

 

Ninguém poderia alegar xenofobia neste caso? E a hipocrisia? Em 2008, o então presidente Mahmoud Ahmadinejad chamou o ex-presidente Obama de “escravo doméstico”.[2] E o jornal dos Guardas Revolucionários no Irã, Sobh-e Sadegh comentou “uma pessoa escura se levanta para remover a escuridão na América”. E não se engane com os antiamericanistas mal disfarçados que ao defenderem o país dos aiatolás dizendo que há até uma comunidade judaica no país, simplesmente “esquecem” de complementar que hoje, a comunidade judaica corresponde a apenas 1/6 do que era antes de 1979, ano da Revolução Iraniana, religiosa e fundamentalista liderada pelo aiatolá Khomeini.

Um diretor iraniano que não foi receber seu prêmio no Oscar criticou a atual política imigratória dos EUA, mas 'esquece' de comentar o racismo persa contra paks, afegãos, azeris e africanos. Na cabeça dessa gente cool, a crítica social só vale para um dos lados, o da Sociedade Aberta.

Querem mais? Em 2006, um jornal iraniano retratou os azerbaidjanos – ou azeris ­– que é a maior minoria étnica no país como baratas. Melhorou? Não! Seis anos depois, as autoridades públicas de Isfahan proibiram afegãos de frequentar um parque público.

Sabe... O que o diretor iraniano deveria aprender é que seu filme falando sobre diversidade pode ser exibido nos Estados Unidos da América, L-I-V-R-E-M-E-N-T-E, ao CONTRÁRIO de um filme de 1986, “Bashu, o pouco estranho” em que um iraniano de pele escura foge da guerra é acolhido por uma mulher no norte do país. O então ministro da cultura, Mohammad Khatami, inicialmente, proibiu o filme pela crítica à guerra e pelo seu feminismo.

Quando será que esses críticos das sociedades abertas e livres vão aprender sobre o que é liberdade? Mas isto não lhes importa, pois só o que levam em consideração é que quem lhes acolhe seja completamente indiferente à própria segurança nacional. Sem perceber, os críticos dos EUA estão forçando a radicalização e extremismo de quem já os vê com desconfiança por sua relativização e parcialidade, por seu ódio ao capitalismo, à democracia e ao estado de direito. Claro que o preconceito e a raiva acumulada irão aflorar um dia, graças a esta falta de equilíbrio e senso de justiça que está se perdendo. O que vemos é um declínio de nossa civilização. Simplesmente lamentável! Ponham na cabeça que quem é imigrante LEGAL está dentro da Lei, simples assim.

E quem não é está sujeito ao devido processo legal. Agora, se Donald J. Trump é o melhor presidente, se vai fazer um bom governo, tudo isto é secundário perante um simples ato de tentar organizar a bagunça que décadas de descaso com o terrorismo doméstico e internacional criaram. Só por isto, ele já merece um voto de confiança, por mais que tenhamos críticas a outros pontos e questões pendentes sobre sua visão econômica.

[1] NEXO JORNAL. “O que houve de político (e o que não houve) no Oscar 2017.” Acessado em 03 março de 17.

[2] RUBIN, Michael. “Iran’s hipocrisy in condemning U.S. racism” in: CNN.com, 31 de dezembro de 2014. Acesso em 03 mar. 17.

 

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O Machismo de Sakamoto

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Qual é o problema com o feminismo atual? O feminismo deveria, em tese, ser apenas uma luta contra injustiças cometidas contra um indivíduo que, por acaso, é mulher. Só que atualmente, este movimento não se detém nisto. Hoje em dia, em época de uma ditadura do marketing politicamente correto, quem quer que se denomine como antifeminista logo será tachado como um agressor de mulheres. Nem de agressor potencial irão te acusar, dirão que a própria posição já é uma agressão em si e que, portanto, quem a defende já é agressor de mulheres. E quando a opinião se torna uma agressão simbólica adentramos no campo da censura e do policiamento do pensamento.

Sakamoto, sim, ele mesmo, o blogueiro a soldo do PT postou em seu Twitter que “é tanto homem inseguro criticando a greve geral das mulheres[1] que tenho certeza que a seleção natural desandou em algum momento” e daí me veio a dúvida... Ora, se um bombeiro faz greve deixa de atender incêndios, se um policial faz greve deixa de patrulhar as ruas, se um médico faz greve deixa de atender seus pacientes etc. Agora, se um sujeito diz que mulheres fazem greve, ele está insinuando que as mulheres deixam de prestar um serviço que só elas, diferentemente dos homens podem fazer. O que seria? Só consigo pensar na gestação de uma criança e o que precede isto, uma relação sexual. Sem perceber, Sakamoto equiparou as mulheres, todas elas, as serviçais do sexo. Infelizmente, a maioria dos leitores não irá perceber porque não se pauta na lógica, mas apenas em aparências. Aparências que adornam o pior tipo de esquerda. Diferente da esquerda histérica, da esquerda violenta que, ao menos é sincera, honesta quanto aos seus propósitos revolucionários e cultura de ódio, a esquerda encarnada no blogueiro venal chamado Sakamoto é a do bom-mocismo, da pretensão de ajudar os pobres acima de tudo (não esquecendo de condenar os ricos). Sem perceber, ele fez o comentário mais machista já divulgado em público, pois se o que diferencia a mulher do homem é a sua capacidade de gestar um filho, em última instância quando ela faz greve está boicotando a atividade sexual. Ninguém nega o direito de quem quer que seja de não praticar sexo, mas ao tratar as mulheres como categoria profissional está nivelando todas elas como prestadoras de uma atividade e vos pergunto: quem é que cobra por este tipo de atividade? Sabem, né?

SAKANAGEM 2017-03-07 at 13.38.18

Na raiz do pensamento feminista atual, seja de uma feminista radical que odeia qualquer sinal de masculinidade ou de um Sakamoto está o germe coletivista. Agregar seres humanos em um coletivo, cujas características ou premissas se sobreponham à individualidade é algo que depõe contra a realidade humana, que é diversa, desigual e marcada pelo livre-arbítrio. Por isso que tais movimentos têm lá lá no fundo uma origem totalitária.

Mas querem ver que não assumirão este ato falho e nos impingirão a pecha de machistas? Quando não há mais lógica na qual se apoiar, tudo que resta é o desespero da repetição para que a mentira seja vista como verdade.

V.D.

[1] LETIERI, Rebeca. “Greve geral marca Dia das Mulheres, numa ofensiva mundial contra onda de conservadorismo” in: Jornal do Brasil. Acesso em 7 mar. 17.

O que as feministas ignoram

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Nesta mesma data, seis anos atrás, o excelente articulista Janer Cristaldo tocava o dedo na ferida sobre o discurso feminista. Neste caso, uma idosa, feminista e egípcia. Antes de mais nada deixemos claro aqui que não somos contrários a luta pela emancipação da mulher que, aliás, é uma luta da emancipação do indivíduo contra o autoritarismo, mas tem que se diferenciar do oportunismo político travestido de "feminismo" que usa disto para atacar justamente o sistema econômico e civilização que mais libertou as mulheres (assim como os homens), mas ignora solenemente tipos de sociedade onde o totalitarismo e a mais pura opressão campeiam.

Boa leitura,

V.D.

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terça-feira, março 08, 2011

FEMINISTA INGÊNUA CRÊ
EM REVOLUÇÃO NO EGITO

Nesta terça-feira, Dia Internacional da Mulher, uma centena de "cidadãos muçulmanos pelos direitos das mulheres" lançou em Paris um manifesto covarde e safado em defesa das ditas. Os cidadãos em questão residem todos na França.

"Nós afirmamos, alto e forte, que nada em nossa crença, nossa prática ou nossa herança islâmica justifica que se discrimine quem quer que seja em razão de seu gênero. Nós condenamos também todas as discriminações, principalmente em relação a emprego e salários, das quais as mulheres são vítimas. Denunciamos todas as formas de violência feita às mulheres, sejam físicas ou morais. Violências que dizem respeito a todos os meios sociais e culturais. Nós consideramos que o igual acesso a todas as formas do saber é uma das primeiras condições de igualdade. Todo questionamento é inaceitável".

O covarde manifesto defende o direito ao divórcio e à contracepção, chega inclusive a condenar a excisão do clitóris e afirma a igual e igual direito de todos os seres humanos, qualquer que seja seu sexo, suas origens, sua religião ou seu modo de vida. "Este é o espírito que nos anima".

Covarde manifesto, escrevi. E por que covarde? Porque se denuncia a opressão das mulheres, não identifica sua causa. Isto é, o islamismo. No mundo ocidental, toda mulher tem os mesmos direitos do homem, tem direito ao divórcio e à contracepção e não é castrada em sua infância. Quanto ao divórcio, os subscritores do documento esqueceram que o divórcio existe nos países muçulmanos. Só para o amo e senhor, é verdade. Sem a burocracia do Ocidente cristão. Nas Arábias, vige a lei dos três talak. Eu te repudio, eu te repudio, eu te repudio e estamos conversados.

Os cidadãos muçulmanos esqueceram de mencionar a sharia, que prescreve o chicoteamento e apedrejamento das adúlteras. Nenhuma palavrinha sobre o véu. Condenar a sharia seria condenar o Islã. E nenhum intelectual muçulmano ousará condenar o Islã. Islamismo rende bons empregos e bons salários no Ocidente.

Coube a uma egípcia de 79 anos, Nawal el Saadawi, a primeira mulher no Egito a denunciar a castração das mulheres, dizer na Europa o que tem de ser dito. Em entrevista ao El País, feita por telefone durante sua estada em Oslo, faz críticas sem peias às leis e à interpretação do Islã que institucionalizaram o patriarcado repressivo e por isso a levaram a perder emprego, à prisão e finalmente ao exílio.

Nestes dias em que a imprensa ocidental saúda a revolução de Tahrir, el Saadawi não tem papas na língua: “A religião é uma ideologia política e temos que separar religião e política. A mulher não pode se libertar sob nenhuma religião, nem cristianismo, nem judaísmo, nem islamismo, porque as mulheres são inferiores em todas as religiões”.

Mas el Saadawi é ingênua. Quando interrogada sobre que significado tem a “revolução de Tahrir” para as mulheres, demonstra desconhecer o mundo em que vive: “Enorme. Pela primeira vez, as mulheres e os homens do Egito foram iguais. Mulheres de todas as idades estiveram na praça Tahrir, inclusive mães com crianças de peito dormiram na praça”.

A feminista se queixa de que as mulheres não foram incluídas no comitê para a reforma da Constituição: “Nomearam oito homens e nenhuma mulher”. Por isso, está sendo organizada hoje, terça-feira, uma marcha de um milhão de mulheres no Cairo”. As marchantes exigem que todos os comitês e instituições do novo Egito contem com mulheres. “Acabou-se isso de ser os homens quem decide.”

Santa ingenuidade! El Saadawi parece não lembrar a revolução da Argélia. Há uns trinta anos, tive oportunidade de conhecer três países islâmicos, Egito, Argélia e Tunísia. A misoginia é flagrante. Raras mulheres nas ruas e quase sempre com véus. Em Argel, estive em época em que os fundamentalistas ainda não haviam mostrado suas garras. Se na casbá o véu era regra, nas proximidades da universidade já se podia ver rostos femininos. Mais tarde os ativistas muçulmanos começaram a jogar ácido no rosto das mulheres sem véu, e suponho que hoje mulher alguma se arrisque a ser desfigurada. É preciso muito ódio ao sexo feminino para deformar um rosto.

Durante a guerra contra os franceses, as mulheres tiveram ocasião de exercer sua independência: eram muito eficazes para carregar bombas. Terminada a guerra, que voltem para a cozinha fazer cuscuz. Aliás, esta situação se repete atualmente. Na hora de explodir-se, as muçulmanas têm os mesmos direitos que os homens. El Saadawi tinha trinta anos quando a França reconheceu, em 62, a independência da Argélia e Ben Bella tornou-se presidente. Foi quando as mulheres voltaram para a cozinha. A Constituição argeliana define hoje o Islã como componente fundamental da identidade do povo argeliano e o país como terra do Islã. Nada indica que a “revolução egípcia” não seguirá os mesmos rumos.

Quanto a um milhão de mulheres, na praça Tahrir, tenho minhas dúvidas. No Cairo, naquelas noites de inverno a sufocantes 30 graus, exatamente na praça Tahrir, vi milhares de homens passeando abraçadinhos, braços no ombro, na cintura, mãozinha com mãozinha, dedinhos entrelaçados. Nem sombra de mulher. Eventualmente, um vulto velado correndo para casa.

Homofilia, diriam os mais gentis. Os cultores de eufemismos que me desculpem: aquilo é homossexualismo. Ora, quem me conhece sabe muito bem que nada tenho contra homossexuais. Mas as mulheres não precisavam ser expulsas dos bares e das ruas, ora bolas.

O Egito continua submisso ao Islã. Duvido que, de trinta anos para cá, algo tenha mudado.

 

Educando para a Imoralidade

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Um colega me questionou sobre o papel dos governos nos estímulos aos valores cívicos, o patriotismo etc. que foram retirados do meio estudantil e que, portanto, nos teria legado este caos que vemos hoje nas escolas, com violência galopante. Vejo relação aí sim, mas mais por fatores menos “visíveis”, como uma noção de educação mais comportamental. Esta educação que falo não é a mera exposição de valores, mas sim um conjunto de regras com prêmios e sanções de acordo com o comportamento dos alunos. Para qualquer pessoa que passou anos trabalhando em sala de aula, isto parece algo óbvio.

Ontem mesmo uma adolescente de 14 anos morreu após se envolver em uma briga na cidade de Cachoeirinha, RS.[1] A escola em questão, Luiz de Camões não se situa em nenhuma área perigosa, quer dizer... Em nenhuma área mais perigosa que o Rio Grande do Sul como um todo esteja jogado, graças à incompetência petista. Enfim, situações como esta eram simplesmente impensáveis décadas atrás e o que mudou? Atravessemos o Oceano Atlântico para termos alguma ideia...

Alexandre Henriques, pesquisador português apresentou um estudo sobre as infrações disciplinares em seu país no período 2015-2016 que chegam a 11.000 categorizadas em 47 tipos. E reconhece ser a mera ponta do iceberg ou, como dizem por lá, icebergue... Termina reconhecendo, o que é obvio para nós: que a ideologia é um entrave à resolução deste problema e que cá entre nós não é um problema qualquer. Em suas palavras:

“Muito tem de ser feito, muito terá que mudar. Trabalhemos em conjunto, criando pontes de diálogo entre os diferentes intervenientes sempre cientes que, se não o fizermos, esta e as futuras gerações pagarão bem caro a nossa incompetência, cegueira ideológica e falta de sentido cívico para com aqueles que são realmente importantes para todos nós – os nossos filhos, os nossos alunos.”[2]

Se vasculharmos as escolas do Brasil (não somente as públicas) veremos que se trata de uma situação normal: falta de respeito para com os profissionais, agressividade latente, violência escolar e tudo incentivado de certa forma, na medida que a Progressão Continuada, mais conhecida como “aprovação automática” que é a prática de não “rodar” o aluno de ano. De acordo com seus defensores a repetência escolar prejudicaria o desenvolvimento pessoal do aluno impelindo-o ao abandono dos estudos. Mas ora! Vamos “resolver” um problema criando outro? É desse jeito que nossos teóricos da educação pensam em fazer a sua tão sonhada “revolução no ensino”?

V.D.

[1] PIRES. Estévan. “Adolescente morre após brigar na escola em Cachoeirinha, diz BM” in: G1. Acessado em 09 de março de 2017.

[2] HENRIQUES, Alexandre. “Disciplina: Yes We Can!” in: Observador. Acessado em 09 de março de 2017.

Duas Mulheres e Uma Verdade

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Dois anos atrás, uma mulher saudita de 28 anos foi condenada a 200 chibatadas e seis meses de cadeia. Seu crime: ter denunciado um estupro coletivo que sofreu em 2006, quando era estudante com 19 anos. Ela fora levada a um acampamento e estuprada por sete homens. A denúncia lhe custou uma pena de 90 chibatadas, pois é proibido uma mulher sair desacompanhada de um parente do sexo masculino no país. Não, isto não é Esparta! Como poderiam gritar, mas “Isto é Arábia Saudita!” O protesto de seu advogado lhe custou a perda de sua licença e o aumento da punição para 200 chibatadas, uma vez que ela aceitou falar publicamente sobre a barbárie.[1] No Dia Internacional da Mulher li muito sobre condições de trabalho desiguais, sobre diferenças salariais, sobre discriminação contra mulheres negras etc., mas não vejo uma linha sequer dessas organizações de defesa de gênero sobre a maior opressão existente na atualidade, do mundo islâmico contra as mulheres. Que é? Não existe?

Há mais de 10.000 km dali, no coração do Ocidente uma descendente de palestinos, Linda Sarsour está a frente dos protestos contra o recém-empossado presidente americano, Donald J. Trump. Sua causa pró-árabe também é pró-muçulmana, o que a fez se posicionar frontalmente contra o candidato Republicano e recebeu, como seria de esperar... Forte apoio do candidato socialista dos Democratas, Bernie Sanders. Uma prova de que sua causa é de esquerda mesmo é que ao invés de bradar contra os maus-tratos que sofrem as mulheres no Oriente Médio ou no Islã em geral, ela prefere se aliar a tudo que faça parte de uma agenda auto-vitimizadora, como o movimento Black Lives Matter, entre outros. Aqui, em suas próprias palavras:

“The same people who want to deport millions of undocumented immigrants are the same people who hate Muslims and who want to take our right to worship freely in this country. That common enemy, sisters and brothers, is white supremacy,” Sarsour said. “Let’s call it what it is.”

Her political philosophy places all of these groups, with all of their unique challenges, within the same category of oppressed peoples – and the oppressors, the opposition, are large corporations, white Islamophobes and Zionists.[2]

Alguém aí leu claramente o que ela está dizendo? O inimigo é o “supremacista branco”, mas o que isto tem a ver com grandes corporações? Este discurso visa resignificar as palavras adotando o capitalismo como sinônimo de opressão e igualando um sistema econômico ao racismo. Esta estratégia visa “racializar” a desigualdade econômica, o que rende frutos políticos, pois é mais fácil para quem não tem consciência política ser manipulado em termos étnicos, religiosos etc. Quanto à opressão praticada pelos supremacistas muçulmanos, nenhuma palavra. Nada, nadica de nada.

O que essas duas mulheres têm em comum? Só o fato de serem mulheres e muçulmanas, mas a verdade é que uma delas sofre a violência totalitária e cruel de um sistema ideológico religioso enquanto que a outra prefere ignorá-lo se fazendo de eterna vítima de uma sociedade oposta, aberta, que lhe permite inclusive fazer pouco caso de jihadistas e terroristas. Isto é justo?

V.D.

 

[1] JPOST.COM. “Gang-raped Saudi woman sentenced to 200 lashes, 6-months in jail” - Middle East - Jerusalem Post – mach 7 2015. Acesso em 11 mar. 17.

[2] WILNER, Michael. “Linda Sarsour, Women’s March organizer, works to link civil rights struggles to Palestinian cause” - American Politics - Jerusalem Post – january 24 2017. Acesso em 11 mar. 17.

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