Quantcast
Channel: Vista Direita
Viewing all 264 articles
Browse latest View live

A Eterna Vítima

$
0
0

Lula disse que está sendo massacrado. Falta pouco para dizer que não reconhece a autoridade do tribunal em que será julgado, tal como fez Saddam Hussein; falta pouco para ele começar a questionar a credibilidade de suas vítimas (nós lesados pela sua corrupção), como fez Slobodan Milosevic; ou como Osama Bin Laden que afirmou não ter nada a ver com os ataques de 11 de Setembro.

Lula está sendo acusado por

  • Obstrução da justiça ao tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró;
  • Corrupção e lavagem de dinheiro, quando a OAS lhe deu R$ 3,7 milhões como a reforma de um apartamento;
  • Tráfico de influência internacional ao usar o BNDES para favorecer a Odebrecht em países como Angola;
  • Tráfico de influência para negociações irregulares na compra de aviões-caça e fornecimento de subsídios à montadoras;
  • Corrupção e lavagem de dinheiro em contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht;
  • Mais corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma de um sítio;
  • Formação de quadrilha envolvendo partidos como PT, PMDB e PP através de esquema de corrupção da Petrobras;
  • E novamente tráfico de influência internacional com a ajuda à empresa Odebrecht através do financiamento de um banco público, o BNDES.

Uma boa pergunta é quantos brasileiros a corrupção matou? Nas filas de hospitais com leitos insuficientes... Quantos brasileiros a corrupção matou por falta de investimento em segurança pública? E quantos brasileiros a corrupção desencaminhou ao desviar recursos que deveriam ir para a educação? Ou alguém ainda acha que apenas ditadores sanguinários têm suas mãos sujas de sangue?

VD


Democracia e Interesse

$
0
0

por Anselmo Heidrich

Não existem em essência “interesses coletivos”. Todos interesses são, no limite, interesses privados. Mas, não raro, quando se demanda por maior força política ocorre a arte da associação. Se eu tenho interesse que meu bairro, localizado em uma área que recentemente deixou de ser rural tenha calçadas, isto vai depender de minha comunicação com os representantes políticos locais e/ou com a própria população. Se esta não demonstrar interesse nisto, terei que me esforçar por convence-la de sua importância. Do contrário, simplesmente não atinjo meu objetivo e fica comprovado que meu interesse particular não encontrou sintonia com o de outros.

Não há neste caso, um interesse coletivo que deixou de ser atingido. A coletividade em questão não achou interessante minha proposta individual, provavelmente por que outros indivíduos têm outras prioridades. O termo “coletivo”, no entanto, goza hoje de um favoritismo, como se fosse o certo ética e politicamente falando. Não é assim. Torna-se mais fácil pensarmos em uma lógica de ação coletiva quando não dispomos do referencial teórico de uma verdadeira democracia liberal. Em uma economia altamente oligopolista como a nossa em que alguns setores empresariais não têm no estado a necessária isenção de interesses políticos e sede por propinas, mas sim um corruptor, se sabe de antemão que jogar segundo preceitos individuais e de livre-mercado é como seguir os Dez Mandamentos numa Sodoma. O mecanismo público de apropriação dos interesses privados que se tornou mais conhecido em nossas latitudes como a malfadada “Lei de Gerson” é uma deturpação do liberalismo e não seu endosso. O que deveria existir para regular os interesses, apenas perverte.

O tão alardeado fracasso da “democracia burguesa” em prol de uma tão utópica quanto nefasta “democracia popular” se constitui em um estelionato sociológico de raciocínios totalitários. Primeiro por que a democracia não é “burguesa”. Burgueses, assim como quaisquer outros grupos têm no regime democrático seu lugar. A raiz do problema está na promiscuidade entre um poder público e os direitos (e deveres) privados, o que se chama patrimonialismo.

Costumamos associar esta perversão só na entidade todo-poderosa chamada de “estado”, esquecendo-nos que ela é, em última instância, um reflexo do que somos como sociedade… Por ocasião da greve da USP, um estudante me disse que “um dos princípios da democracia é o direito de greve”. Pois sim, mas também é um de seus princípios, intocáveis, o de “ir e vir”. Como manter aquele em detrimento deste quando professores e alunos que não simpatizavam com a causa são impedidos de entrar em suas salas de aula? Tão lícito quanto o direito à greve é o de não participar da mesma.

O que não se considera na ação de um agente corruptor incrustado em algum órgão público ou em um militante socialista que finge estudar para se aplicar na política estudantil, é que nossa civilização se apóia, mais do que no conceito de propriedade privada, na idéia de um contrato social. Este pode ser quebrado desde que assumidas determinadas consequências. Se eu não quero cumprir com minhas obrigações trabalhistas, este é um direito meu, mas devo saber que sofrerei algum tipo de sanção, que terei que arcar com os efeitos de meus atos. Simples.

Nenhum direito no caso pode subverter o direito à liberdade, que foi o que se viu na greve dos estudantes da USP. Diga-se de passagem, insuflada, pelo sindicato dos funcionários, o SINTUSP.

Ocorre que a mentalidade de sindicatos não se pauta pela lógica de mercado que é, antes de tudo, uma ação coletiva cujos interesses são privados. Se a greve, realmente, tivesse o endosso da maioria, por que não deixar, justamente, esta suposta maioria decidir por si própria se queria ou não ter suas aulas? Por que o temor? O raciocínio sindical não parte da premissa do livre-arbítrio, ele procura anula-lo tal qual um corruptor procura anular a competição em seu próprio favorecimento.

Democracia pressupõe conflito sim, mas um conflito regulado (e regulamentado) por regras transparentes. No fundo, o que fazem os arautos da “democracia direta” ou da chamada “democracia participativa” é transformar a própria democracia numa “soma de opiniões ignorantes”.

A idéia subjacente é que não deve haver governo (“si hay gobierno, soy contra”), todos devem tomar o estado de direito de assalto e, posteriormente, perante uma anarquia reinante, sugerir um governo sim, porém despótico. Nada de doutrina de governo, mas que se doutrinem indivíduos para um governo alheio a eles, parece ser seu mote. Subverta qualquer arranjo institucional em nome de um vago conceito de “ação direta”. Para meliantes deste naipe, as instituições são apenas blocos de poder em que indivíduos não atuam, se submetem. Mas, o que eles fizeram senão submeter os que não concordavam?

O pior é que democracia pressupõe também uma antítese da insociabilidade. E, behavioristicamente, falando, o que mais se viu, foi a manifestação por parte dos estudantes, de um comportamento de matizes totalitárias. Em que pese seu adjetivo preferido: o “social”. Social isto, social aquilo, não teve na realidade nada de “social” em ameaçar aqueles que pleiteavam um raro desejo no Brasil, o de estudar.

Os socialistas gostam de chamar nossa democracia de “burguesa” confrontando-a com uma mágica democracia socialista. Ora, democracia é democracia, que me perdoem a tautologia. E ela não pode ser contraditória, isto é, que pressuponha a eliminação da própria liberdade de expressão, de comércio, de direito à propriedade etc. A democracia não subsiste também sem o republicanismo que separa a coisa pública (res publica) da propriedade privada. As duas são necessárias e devem ser bem definidas para que nenhuma suplante a outra.

No Brasil, só se começou a falar em democracia como princípio absoluto, em nossas academias plenas de marxismo, a partir dos anos 80, quando o socialismo moribundo da Europa já dava seus sinais mal cheirosos de putrefação. A incorporação do conceito por eles é recente e mal compreendido. Tal qual os corruptos do governo ou os que se beneficiam deles, nossos estudantes grevistas destroem cotidianamente a base da sociedade democrática ao misturar seus interesses privados com o que deveria ser comum a todos, a liberdade de opção.

Dia de Lutas por Privilégios

$
0
0

O Dia de Lutas proposto por centrais sindicais que pretende paralisar atividades do funcionalismo público por todo o país é muito bem vindo! Não, você não leu errado... Ele é bem vindo justamente porque qualquer coisa que faça com que a população ordeira, que sofre na pele a crise deflagrada justamente pelos setores sindicais através de seu braço político que é o PT deve fazer de tudo para isolar estes agrupamentos de privilegiados que pensam que o país é uma república bananeira e curral dos sindicatos. O PT é um partido que sempre planejou ir além da mera retórica sindicalista, com seus matizes totalitários ou alguém já esqueceu aqui de sua tentativa de controlar a imprensa através de um malfadado “estatuto”? algo similar, não declarado explicitamente de “comunista”, mas que ficou por décadas no poder é o Partido Revolucionário Institucional (PRI), mexicano que ficou nada mais nada menos que 70 anos no poder. E não é a toa que o México é o que é, um país assolado por guerras e tráfico, algo como um Rio de Janeiro em maior escala.

Mas o que querem os sindicalistas? Barrar as reformas do Governo Temer que, por mais temerário que seja em relação à corrupção pegou um rojão prestes a explodir e teve, não por vontade ou vocação propor reformas que diminuíssem o Risco Brasil e atraíssem o investidor lhe inspirando confiança. Quanto à corrupção, que processos como a Lava-Jato continuem, é sobre isto que temos que ficar atentos. Michel Temer foi, ao que tudo indica, eleito com dinheiro proveniente da corrupção, afinal não nos esqueçamos que se trata do ex-vice da chapa de Dilma Rousseff.

Além de ignorar solenemente a bomba da previdência social, os sindicatos estão, na verdade fazendo um jogo paralelo... Não por acaso o ex-presidente e quase detento, Lula irá discursar na Avenida Paulista. Obviamente que ele não tem nenhuma preocupação maior com sua aposentadoria, mas justamente como sabemos com sua provável disputa eleitoral à presidência da república.

E querem apostar que se eleito Lula, ele irá propor uma reforma da previdência tão ou mais severa? Afinal o que faz o PT senão copiar ideias alheias e mudar seus nomes dizendo serem suas criações? Agora, o ponto é, o que o PT quer vai além de reformas ou contra-reformas; vai além de defesa de sindicatos ou direitos insustentáveis; vai além de toda pauta econômica. Se trata sim de controle e controle sobre atividades políticas que irão condicionar a economia ao seu bel prazer. Você aí que caiu no engodo da “defesa dos direitos” irá bancar a massa de manobra ou irá dar um basta no PT?

VD

Vontade de Poder

$
0
0

Você parece cansado de viver em um país sem lei? Encare isto como um desafio, seja você um religioso ou não. Olhe ao seu redor... Quantas injustiças diárias que nós sabemos não serão solucionadas. Não sei qual é a tua idade, mas aposto que sou mais velho que a maioria e já vi este país mudar algumas vezes, a conta-gotas é verdade, mas quando se tem a perspectiva de longe se enxerga melhor. Imagine que sua vida é como um trem, cujos trilhos desconhecemos o percurso. Nós vemos os momentos passarem diante da janela rapidamente e não damos a devida atenção a tais flashes , mas quando percebemos eles se foram e momentos importantes ficaram para trás. Não permita isto, não seja um escravo do futuro, mas torne tua vida cada vez mais intensa, pois estas ações irão semear a esperança através do afeto e respeito aos nossos descendentes e entes queridos. Saiba que por mais desesperador que seja o dia, ele não se resume no ontem de amanhã, mas em um exemplo diário de vida correta, firme que com todos nossos erros, ainda assim apontamos um caminho para seguir.

Alguns dizem que heróis não existem, que não precisamos de heróis, que isto significa iludir aos outros com mentiras ou a si próprios com fantasias, mas a verdade é que herói não tem uma condição especial, nem um superpoder, herói é quem, com todas suas adversidades deixa seu legado nesta Terra por uma marca chamada vontade e é essa vontade de poder que nos diferencia. Apenas faça valer a pena, um bom dia.

VD

No circo de horrores uspiano, o palhaço é você

$
0
0

Por Anselmo Heidrich

Vejamos o que a vadiagem faz com o dinheiro dos teus impostos... Sim, alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas que tive o desprazer de conhecer durante anos (uma longa história...) está para minha surpresa, cada vez pior.

Quando iniciei meus estudos na pós-graduação, em 1989 já era um antro sectário que desdenhava... Desdenhava, não! Literalmente censurava e, de modo covarde porque não explícito perseguia dissidentes (como yo). Naquela época, em plena convulsão dos anos Collor, os petistas e simpatizantes, a esquerda em geral se infiltrava nos meios acadêmicos de modo cada vez mais acintoso. E nada dos nossos governos atentarem para o problema. Depois desembocou nisto que vemos hoje em dia, universidades praticamente tomadas por partidos de esquerda que as usam como centros de formação de militantes. Mas o que era um tanto quanto “camuflado” agora escancarou de vez...

Não tolerando mais aquela tortura psíquica que chamam de universidade, eu larguei a pós-graduação para retornar depois de mais de uma década. E, para meu espanto, aquele circo de horrores só tinha piorado! Ao ir para o mercado de trabalho é que vi como se vivia em uma espécie de "ilha da fantasia" chamada Cidade Universitária (USP) e como as pessoas dentro daquela bolha não tinham a mínima noção de que para sustentá-los, uma imensa massa de trabalhadores de verdade tinha que ser extorquida em impostos e taxas. Se, por acaso, nos dias de hoje, nós vemos a Universidade de São Paulo cair a olhos vistos nos rankings de qualidade de ensino internacionais, não pense que se trata de mero acaso. Trata-se de uma consequência direta da militância que, entre outras coisas, é inflada pelos próprios professores replicantes de Marilena Chauí que usam seus queridos (e úteis) pupilos para lutarem pela manutenção de suas polpudos salários, aposentadorias e benefícios. Não por acaso, este é um problema estrutural naquela universidade onde se gasta mais com folha de pagamento do que investimento em pesquisa.

Há várias análises que podem ser feitas e uma delas é o descaso das autoridades que perderam o senso republicano, ao permitirem que interesses corporativos ligados à máfias sindicais encampem a universidade;

Em segundo, a simples ideia de militância política já é um contrassenso, pois a universidade seria um local de entendimento, compreensão, enfim, estudo onde, daí sim, em suas esferas da vida privada podem exercer suas atividades políticas. Sejam tais atividades políticas lúcidas ou não cabe a cada indivíduo decidir, mas não pelo seu exercício dentro da universidade;

Em terceiro, já passou da hora de colocar na pauta do dia, o dever de discutirmos a privatização do ensino público superior com diferentes modelos. Diferentes porque podemos considerar (e é minha posição) a concessão de bolsas para alunos carentes, mas alunos com mínima competência e não, como se faz, com percentuais definidos para preenchimento com baixa renda, escola pública ou cor da pele.

Não é justo que a sociedade como um todo financie calhordas que usam os recursos públicos para teatro de militância política e sirvam como idiotas úteis para veículos de mídia com interesses políticos, sindicatos de professores e interessados na manutenção de privilégios no setor público.

Basta!

Caro Direitista: desça do pedestal

$
0
0

Sinto um clima de oba-oba, de “já ganhei” quando percorro as redes sociais e leio sobre supostas vitórias narrativas da Direita contra a Esquerda... “Lacrou!” É o que dizem aos quatro ventos. Cuidado! É o que digo, muito cuidado. Não se esqueça que muito embora tenhamos manifestações liberais e conservadoras já em fins do século passado, foi a partir do início do novo milênio para cá que houve uma estruturação mais orgânica, digamos assim, de ligação desses pensadores, debatedores, articulistas com organizações políticas, sejam partidos ou think tanks. Isto quer dizer que ainda somos imaturos nesta lide política.

Eu não vejo a esquerda como imune a essas batalhas internas que ora predominam na direita, seja entre liberais e conservadores, libertários e liberais etc. Mas vejo um “centrão” para onde o maior opositor da esquerda tradicional esteja no PSTU, no PSOL migre seu voto para o PT por mera utilidade. E a pergunta é, somos assim? Temos esta postura? Não tenho certeza de que a esquerda tem mais maturidade e não entra em batalha interna com fatalidades como a direita agora se mostra capaz. Apenas acho que a narrativa deles despencou em sua capacidade de aceitação ou de se sentir acima de qualquer crítica e contraponto. Isto a faz se unir contra algo que enxerga maior e é neste ponto que vejo sim um erro dentro da direita mais liberal e conservadora: o clima de "já ganhei". Se pensarmos no que representa a estrutura de estado e a capacidade de adesão e adaptação que os "movimentos sociais" de esquerda e o sindicalismo têm é que vemos quão longe estamos de eliminarmos esta chaga.

Estamos no caminho certo, mas nosso antibiótico ainda não foi capaz de eliminar as bactérias vermelhas de nosso sistema circulatório que são as vias políticas da sociedade.

VD

Cotas não eliminam a estupidez

$
0
0

Há cerca de um ano atrás o professor britânico, Peter Lees Pearson com 76 anos ministrava uma aula de seu curso (gratuito, diga-se passagem) English for Science. Nas suas palavras, o nível dos alunos da pós-graduação do Instituto de Biociências da USP é muito bom, mas pouco reconhecido porque há pouquíssimas publicações em inglês, que é a língua franca na academia científica internacional. Como o método adotado para o aprendizado se baseia na leitura e discussão de textos, estes não precisam ser de concordância prévia e geral, ou seja, se lê de tudo que estiver relacionado ao curso, inclusive aquilo do qual se discorda.

No dia 22 de abril de 2015 sua sala de aula foi invadida por dez militantes do grupo chamado Ocupação Preta,[1] como forma de protesto contra a desigualdade racial na sala de aula do professor onde apenas um dos vinte alunos era negro. Além do mais o texto do dia fazia um vínculo entre Q.I. e raça, de um polêmico autor que, inclusive, perdeu cargos devido à publicação desse texto. Como dissemos, em uma universidade se discute inclusive ideias adversas, tanto que o professor em questão deixou claro que discordava da forma como os alunos brasileiros com mais chances entram na universidade pública e se declarou favorável à chamada Política de Ação Afirmativa, da qual as cotas são um exemplo.

Enfim, até mesmo quando se trata de um aliado, este tipo de militância que “pensa com o fígado” consegue agredir um aliado reprimindo sua liberdade de expressão. O absurdo disto tudo é que justamente o ambiente que deveria se caracterizar por ser o mais aberto e livre de preconceitos, inclusive aberto à crítica aos preconceitos como foi o caso da intenção do professor acaba sendo rechaçado sim, mas por outro preconceito muito maior: de que a disciplina era dada em inglês impedindo que os alunos invasores pudessem discutir. Nada mais nada menos que metade das quatro horas de curso foram tomados por interrupções com discursos ideológicos e palavras de ordem. Ao final, os invasores do Ocupação Preta conseguiram o que queriam, o professor septuagenário, simpático ao programa de cotas(!) desistiu de ministrar seu curso com fins filantrópicos de ajudar a ciência brasileira.

Agora perguntamos: quem ganha com isto? Certamente que não o conhecimento, a ciência ou os estudantes que invadiram querendo o fim do preconceito, pois um texto tido como preconceituoso deixou de ser estudado e criticado. O que estes sim fascistas têm que aprender é que não se combate o inimigo ignorando o mesmo ou pondo a cabeça em um buraco. Se combate o inimigo estudando o mesmo e atacando seus pontos fracos. Ao final das contas, os invasores se mostraram tão preconceituosos e irracionais quanto o que viam no objeto de sua ira. Se alguém já ouviu falar em “racismo reverso”, aí está um excelente exemplo.

V.D.

[1] "Aula na USP sobre racismo e QI vira alvo de protesto de estudantes negros" in: G1. Acesso em 21 mar. 17.

Professora doutrinadora da UFPR é pega no pulo

$
0
0

Caros leitores, aqui temos a apresentação de Luis Lopes Diniz Filho, professor da UFPR e contumaz crítico da doutrinação do ensino em geral e, particularmente em sua área, a Geografia. Cabe a leitura deste texto em que o autor desmascara uma professora que nega a doutrinação, mas defende sua prática sem sequer entender o conceito do que seja.

Boa leitura,

V.D.

 

Professora da UFPR defende ensino doutrinador, mas diz que doutrinação não existe

Por Luis Lopes Diniz Filho

Na última sexta, aconteceu no Departamento de Geografia da UFPR um "debate-ação" (sic) com o tema A reforma do ensino médio na Geografia: enfrentando a desinformação e o descaso. Como é de praxe nos eventos de Geografia, os três debatedores convidados tinham as mesmas opiniões sobre o tema, informadas por teorias e ideologias de esquerda radicais. Então, só houve debate durante a sessão de perguntas que se seguiu às exposições porque eu participei do evento, visto que, a julgar pelas perguntas não dirigidas a mim, ninguém discordou de nada!
Repetições
Com efeito, embora o tema do debate fosse a reforma do ensino médio, a primeira expositora, professora Mônica Ribeiro da Silva, fez críticas enfáticas ao Escola Sem Partido - ESP. E isso foi bom, pois tive oportunidade de debater e também de conferir se ela tinha alguma crítica nova para acrescentar ao debate.
E a expositora não tinha! Ela não apresentou nenhum exemplo de livro didático que não faça doutrinação esquerdista e nem citou qualquer pesquisa que aponte não haver unilateralismo nos conteúdos desses livros. Tudo o que fez foi repetir que não há sentido em acusar a ocorrência de doutrinação no ensino porque a neutralidade é algo que não existe e nem pode existir, seguindo assim a mesma linha de argumentação de Daniel Cara e dos demais críticos do ESP. Disse também que o ESP supõe que o aluno é uma "folha em branco", ou seja, alguém incapaz de refletir sobre os conhecimentos aprendidos com base num repertório de informações e de valores provenientes da família, dos círculos de amigos, dos meios de comunicação, etc. Também nesse caso, o argumento apenas repete o que outros críticos afirmam (aqui).
Ora, o argumento de que a neutralidade é impossível serve apenas para disfarçar o fato de que há várias diretrizes que os professores podem e devem adotar para garantir o máximo de objetividade possível aos conteúdos ministrados, e é justamente esse esforço na busca por objetividade que dá substância ao compromisso que os professores devem ter com a neutralidade política e ideológica. Eu mesmo já apresentei três dessas diretrizes neste blog (aqui).
E o argumento da "folha em branco", conforme eu afirmei durante o debate, também não se sustenta. Afinal, o ESP não diz que o professor é quem constrói a consciência política e moral dos alunos, mas apenas que o professor não tem o direito de usar o acesso a uma plateia cativa, que são os estudantes, para promover suas próprias visões ideológicas e/ou para fazer propaganda política, partidária ou corporativista. É o que afirmam o primeiro e o terceiro dos Deveres do Professor. Além do mais, quando o ESP afirma que o quarto Dever do Professor é apresentar ao aluno visões diferentes da realidade ao tratar de temas políticos, sócio-culturais e econômicos, deixa explícita a concepção de que o ensino deve levar o aluno a refletir autonomamente sobre tais visões, reflexão essa que envolve, obviamente, informações obtidas dentro e fora da escola.
Contradição
Depois de repetir à exaustão esses argumentos baseados na deturpação da proposta do cartaz anti-doutrinação, a professora Mônica acabou se traindo. Foi no momento em que ela disse que, se não pode existir neutralidade no ensino, isso não significa que a escola não tenha um papel desideologizador a cumprir. Exemplo disso seria quando o professor desnuda as "mentiras" e discursos ideológicos veiculados pela "mídia".
Respondi dizendo que, dessa forma, a professora tinha acabado de defender explicitamente que o professor faça doutrinação teórica e ideológica em sala de aula, já que ela empregou o conceito marxista de ideologia como falsa consciência da realidade para qualificar qualquer discurso não marxista como uma mentira na qual o professor não deve deixar que o aluno acredite.
Realmente, o conceito de ideologia como falsa consciência foi elaborado por Marx e é amplamente utilizado por autores marxistas desde o período da Segunda Internacional Comunista - Marilena Chauí o emprega até hoje, inclusive em seu livro didático. Nessa formulação, ideologia é qualquer discurso, seja científico, político, artístico, religioso ou jornalístico, que negue a validade da teoria marxista da luta de classes. Ou seja, qualquer discurso que negue a existência de interesses de classes inconciliáveis que estruturam a sociedade capitalista ou que apresente os interesses particulares de uma classe como se fossem interesses gerais da sociedade. Tal conceito implica necessariamente uma visão cientificista, portanto, já que supõe que a teoria marxista é uma verdade científica inquestionável e que todos os discursos não marxistas devem ser classificados como ideologias que expressam a visão de mundo e interesses das classes dominantes[*].
Qualquer professor que raciocine nos termos desse conceito de ideologia, como quer a professora Mônica, vai se colocar diante dos alunos como o dono de uma verdade marxista imbuído da missão de "desmentir" a "mídia", de sorte que o aluno não poderá discordar do professor sem estar enganado. Assim, esse professor irá apresentar aos alunos uma visão unilateral, a teoria marxista, e deixá-los na ignorância quanto à existência de outras teorias explicativas da sociedade. Ou, caso comente alguma teoria alternativa àquela, será para dizer que tal teoria é só discurso ideológico, isto é, uma mentira. E as duas atitudes nada mais são do que doutrinação teórica e ideológica em estado puro (Diniz Filho, 2013).
Sem resposta
Qual foi a resposta da professora Mônica a essa crítica? Nenhuma. Ela ignorou essa fala e se pôs a refutar a ideia de que o professor deve trabalhar o pluralismo teórico em sala de aula. Segundo afirmou, o pluralismo não garante isenção, pois, quando o professor apresenta pontos de vista distintos, ele ao mesmo tempo se posiciona sobre estes.De novo, a professora ignora ou finge ignorar que há diretrizes que podem e devem ser seguidas para que a apresentação de visões opostas sobre o mesmo assunto se faça de modo a minimizar a interferência de juízos do professor sobre tais visões, e é dever do professor adotar tais diretrizes. Uma delas é a fidelidade aos fatos. Outra é permitir que o aluno leia textos com visões diferentes sobre um mesmo assunto muito polêmico, inclusive textos dos quais o professor discorda. Outra ainda é concentrar a elaboração dos conteúdos nas teorias e debates científicos (aqui).Em suma, a professora Mônica Ribeiro da Silva sustenta que neutralidade e pluralismo são impossíveis apenas porque pensa que o professor deve ensinar aos alunos uma única visão da realidade, formada pelas teorias críticas com as quais ela concorda, e acusar todo discurso alternativo de ser ideológico. Ela defende um ensino doutrinador ao mesmo tempo em que afirma não existir doutrinação.Em tempo
De início, a proposta do cartaz anti-doutrinação previa uma lista de cinco Deveres do Professor. Hoje, vemos ali seis. Eu discordo do quinto, mas deixo essa questão para outra hora.

[*] Nota: mesmo entre autores marxistas há críticas contra o conceito de ideologia como falsa consciência, o qual serve apenas para afirmar que o marxismo é a verdade e que todo discurso não marxista é mentiroso por definição (Moraes, 1988, p. 39-40).

- - - - - - - - - -

DINIZ FILHO, L. L. Por uma crítica da geografia crítica. Ponta Grossa: Editora da UEPG, 2013.

MORAES, A. C. R. Ideologias geográficas: espaço, cultura e política no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1988.


Filha, Direita ou Esquerda?

$
0
0

Abrindo nossa seção de humor temos uma anedota (de autoria anônima) que circula pela internet e que, na realidade retrata a mais pura verdade.

Aproveitem,

V.D.

Eu perguntei para a filha de uns amigos o que ela queria ser quando crescer. Ela disse que queria ser presidente. Os pais, de esquerda, estavam em volta e perguntei "se você fosse presidente o que você faria primeiro? " Ela respondeu "Eu daria comida e casas para todos os moradores de rua". Os pais dela sorriram de orgulho e disseram: "bem vinda à esquerda!"

"Uau, que ideia ótima!", eu lhe disse. E continuei, "você não precisa esperar ser presidente para fazer isso. Você pode vir à minha casa, podar o jardim, varrer o quintal e eu te pago R$100. Depois te levo ao mercadinho onde ficam uns moradores de rua e você pode lhes dar o dinheiro".

Ela pensou um pouco, me olhou e perguntou: "porque o morador de rua não pode ir na sua casa, fazer o trabalho e você paga os cem reais para ele?"

Eu sorri e disse: "Bem vinda à direita".

A corrupção é pior do que a aftosa

$
0
0

“Não leve Luis Augusto por Sadia” dizia o comercial incentivando a busca por qualidade. Pois é, bem que Luis Augustos de todo país podiam revidar com um quem ri por último ri melhor.

Pena que alguns não acham graça nenhuma nesta história que levou algumas pessoas, inclusive, ao suicídio... Quase um ano atrás em Edealina, interior de Goiás, um produtor de lacticínios teve um lote de queijo mussarela apreendidas pela vigilância sanitária do estado. A perda avaliada em R$ 40.000,00 ainda seria acrescida de multas e quando os fiscais desviaram a atenção do produtor, ele tentou o suicídio se enforcando em uma cisterna onde cairia ao romper a corda.[1]

Não sabemos dizer se o seu produto continha ou não irregularidades, pois não temos como confiar mais em fiscalizações. Como confiar agora que grandes produtores de carne foram denunciados em irregularidades com prazos vencidos de parte da produção e corrupção com fiscais da vigilância sanitária?

Cabe a pergunta, se uma certificadora da qualidade do produto fosse privada, isto mesmo, não estatal e fosse denunciada em um esquema de propinas como este, teria alguma mínima chance de ainda estar operando? E melhor: imagine um mercado de certificadoras concorrendo? Quem duvida que pudéssemos oferecer um produto cada vez melhor? Ao contrário, tudo que se viu com as “campeãs nacionais”, como Friboi, Sadia, Perdigão e Seara, entre outras foi um mercado para ver quem comprava mais os “órgãos competentes” em receber as mais polpudas propinas.

Quantos produtores rurais deverão se enforcar por que o tratamento dispensado aos “amigos do rei” é especial? Quanto você consumidor deverá pagar a mais por produtos que fujam deste esquema podre e quantas vidas serão destruídas pela falta de rigor da lei?

V.D.

 

[1] Trabalhador comete suicídio após ter produção de queijo apreendida pela fiscalização, em Edealina-GO!!! http://correiosulgoiano.com.br/site/trabalhador-comete-suicidio-apos-ter-producao-de-queijo-apreendida-pela-fiscalizacao/. Acesso em 19 mar. 17.

Ataque terrorista em Londres

$
0
0

Keith Palmer, na foto acima foi um das vítimas do fanatismo jihadista do ISIS em Londres.

Britânico convertido ao Islã e ímã (líder espiritual) desde os 18 anos ataca policiais no Parlamento Britânico. Após atropelar pedestres e bater o carro ainda tentou esfaquear um policial. O ataque ocorreu no mesmo dia em que a União Europeia e a Bélgica homenageiam 32 mortos e 320 feridos em um ataque a um ano atrás neste país. A mídia britânica acusa Trevor Brooks, filho de jamaicanos e atualmente chamado de Abu Izaadeen e desde 2006 conhecido pela inteligência britânica como o “pregador do ódio”.

Keith Palmer (foto), policial casado, pai deixou de respirar devido às facadas desferidas por um desgraçado fanático canalha que se acha enviado por algum deus para fazer da Terra um campo de concentração. AO INFERNO COM ELE!

V.D.

"Figuras secundárias" também matam

$
0
0

Enquanto a premiê britânica Theresa May diz que o terrorista que matou 4 pessoas e feriu outras 40 ontem era uma “figura secundária” e exortou o país a continuar suas atividades normalmente defendendo os “valores britânicos”. Entre os feridos estão romenos, alemães, chineses, coreanos, gregos, além de britânicos. O terrorismo como sempre não é um ataque contra um país ou pessoas individualmente, seu objeto é destruir um projeto, uma ideia, relações diferentes de onde provém o agente obscurantista, em uma palavra, a Civilização.

O que impressiona é ver manifestações como “o terrorista não tem nada a ver com religião” veiculadas em redes sociais para em seguida o ISIS declara a autoria do atentado. Que foi? Agora vão nos dizer que o Estado Islâmico não tem nada a ver com religião?!

Ahmet Yayla, professor de criminologia e ex-chefe de contraterrorismo da polícia turca assinalou a credibilidade de uma mensagem proveniente do ISIS.

Mensagem do ISIS saudando o ataque terrorista em Londres.

Talvez um dia não tenhamos mais valor ocidental nenhum para proteger imigrantes e praticantes de uma fé que amaldiçoa o país que os acolheu. Quando isto ocorrer, ninguém terá a liberdade que hoje defendemos, inclusive para quem nos ameaça. Se há um momento histórico para reverter a insanidade que fecha os olhos a esta guerra declarada, este momento é agora.

V.D.

Não somos “liberais-nutella”

$
0
0

Ali acima, no quadrante direito é exatamente onde nos situamos. 

Amartya Sen conta, logo no início de seu Desenvolvimento como Liberdade algo que o marcou quando criança. A sua cidade era povoada por hindus e muçulmanos, mas que se concentravam em bairros distintos. Pura segregação étnica, mas com certa estabilidade até que as turbulências pela secessão com base religiosa que formavam o antigo Paquistão Oriental (atual Bangladesh) tomassem conta do país provocando um terremoto político-social.

Os indianos de diferentes religiões se evitavam, mas o emprego nem sempre estava onde os fiéis de um mesmo culto se encontravam. Quando pequeno, Amartya viu um homem sangrando e berrando por socorro. Ele e seu pai, hindus carregaram o homem para dentro de casa, um muçulmano para depois levá-lo para o hospital. Tinha sido esfaqueado justamente por ser um muçulmano andando em uma região urbana de maioria hindu. Aquilo o impressionou e iria formar sua visão sobre subdesenvolvimento de um modo distinto da maioria dos economistas de sua época. Vale dizer, keynesianos...

A influência desta percepção ao longo de sua vida recaiu sobre a cultura e desta para a ação humana. É a ação humana que leva indivíduos a serem o que são, os determinantes da sociedade e da economia. Ou seja, se parte de agentes microeconômicos para a macroeconomia e não o contrário, como fazem macroeconomistas. Não é a toa que Amartya Sen é uma das maiores referências no atual pensamento liberal (que a maioria dos liberais brasileiros ainda não descobriu). Mas não é disso que queremos falar aqui e agora...

Quando um filho de jamaicanos é acolhido em um país como a Inglaterra e vive em uma das mais belas e dinâmicas cidades globais, Londres só de replicar seu ódio ao mundo ocidental percebemos que há algo profundamente errado e irracional nesta civilização que amamos: ela aceita e tolera intolerantes. Este é o ponto. Não dá para termos uma civilização segura calcada nos princípios do Iluminismo e na liberdade social e econômica quando ela permite que ovos de serpentes sejam depositados entre seu plantel de aves canoras que não olham para baixo, para seus ninhos.

Quanto tempo deixaremos correr para percebermos que pode ser muito tarde para reagirmos? Não se trata de reagir com o racismo ou alguma forma de etnicismo ou boicotando a liberdade de expressão de quem quer que seja (mesmo que ele a use para destilar veneno de ódio a uma cultura), mas sim de definir, discriminar (legalmente) e detectar quem quer que seja que esteja semeando a violência. Cabe lembrar que o facínora que atropelou 40 e matou 4 antes ser morto dizia o que dizia desde 2006 incentivando o ataque e a submissão religiosa de cidadãos europeus. Já era um sujeito conhecido e pasmem, tratado como “figura secundária” pelos serviço de inteligência britânico! Nossa! Se este era um “secundário”, não quero nem ver o que é uma “figura primária”!!!

Liberalismo realmente existente nunca prescindiu de um estado mínimo e o estado mínimo não significa estado fraco. Significa estado eficaz com leis e procedimentos eficientes. Se a pena capital é por demais polêmica, no mínimo, a prisão perpétua deve ser adotada e observação de perto de todos os passos daqueles que falam aos quatro ventos o que irão fazer. Se alguém parece com um pato, anda como um pato e grasna como um pato, então deve ser um pato. Analogamente, se um fanático religioso declara guerra à civilização que o acolheu, se propõe matar inocentes e diz que seus fiéis devem submeter os infiéis a força, então não é motivo suficiente para tratá-lo como o que diz ser?!

Nós pregamos a paz, mas esta paz deve ser garantida com a eterna vigilância. Não confundam nossa serenidade e hospitalidade com covardia. O braço forte da lei deve estar ao lado de uma sociedade e mercado livres. Se hoje em dia há um discurso covarde de liberais-nutella que creem que só o Princípio de Não-Agressão (PNA) seja suficiente para erigir um mercado autônomo sem estado, sem leis e sem forças de repressão acreditem, isto não passa de um projeto fadado ao fracasso e ridicularizado por bárbaros que tomarão armas, veículos, o que for a força deixando corpos pelo caminho, como aconteceu ontem na ponte e palácio de Westminster.

Um dia os verdadeiros liberais que construíram a civilização ocidental serão lembrados como liberais-raiz que não se submetem à covardia que já apodreceu as raízes de nossa cultura com sua hegemonia. Aí o jogo vira.

Por Anselmo Heidrich

Chico Alencar ignora como se produz riqueza

$
0
0

Quem fez isto? Desde crianças nos acostumamos a este tipo de pergunta. Ela nos remete à ideia de que algo foi feito por alguém. Algo é um objeto ou situação e alguém um sujeito dotado de vontade, consciência e capaz de agir. Pois bem, isto parece banal, mas não é tão óbvio assim para todo mundo não. Veja aqui abaixo esta hilariante troca de palavras entre um internauta e um conhecido deputado do PSOL, aquele partido recheado de ideias e propostas fúteis:

Pois então, da mesma forma que o Deputado Chico Alencar acha que “necessidades sociais”, por si só, são causadoras da pesquisa, do projeto, do investimento, da construção, enfim da criação, os defensores de criminosos, escudados que são por um conjunto de anacrônico de leis como, p.ex., o Estatuto da Criança e do Adolescente que leva a impunidade para assassinos de menos de 18 anos que massacram a população brasileira. O que há de comum no pensamento de ambos? Tanto o deputado quanto os defensores de bandidos não percebem que sim, quem cria empregos é o empreendedor e quem mata é o homicida. Não há desculpas nem condições que sejam determinantes para um indivíduo matar por motivos fúteis ou materiais, assim como quem tem o mérito por gerar empregos é quem batalha a vida inteira para isso.

A Esquerda tem um problema com a autoria, ela não reconhece que indivíduos e somente indivíduos é que são responsáveis por tudo de bom e de mau que fazem em suas vidas e nas vidas alheias.

V.D.

Tarde piaram os suíços

$
0
0
quarta-feira, dezembro 09, 2009

TARDE PIARAM OS SUÍÇOS

Eu chegava em Lisboa, dia 29 do mês passado, quando algo ocorreu na Europa, mais precisamente na Suíça. Cidadãos conclamaram um plebiscito para decidir se seria permitida a ereção de minaretes nas mesquitas construídas para culto dos imigrantes. Dava-se como certo que a maioria da população rejeitaria a proibição. Mesmo assim, analistas temiam que pelo menos 30% da população votasse contra os minaretes, o que azedaria as relações com o universo muçulmano. Aconteceu então o insólito: 57 % dos suíços votaram contra os minaretes.

Preponderou a argumentação do líder político Oskar Freysinger, que denunciou o avanço do Islã na Europa. “Em nome da tolerância, não se deve introduzir a intolerância na Suíça. O pensamento muçulmano não vê o mundo como nós e escapa a todo controle democrático”. Freysinger desmontou os argumentos de adversários desta iniciativa, que temiam medidas de represálias. Os petrodólares permaneceriam na Suíça mesmo se a medida passasse, pois os Estados muçulmanos conhecem bem as vantagens de aplicar no país.

«Se a vida é insuportável para os muçulmanos, eles podem muito bem apanhar suas coisas e voltar aos países de origem», disse um delegado romanche. Um outro evocou a «erradicação do cristianismo» com a construção dos minaretes. Não me parece que a construção de minaretes possa erradicar o cristianismo da Europa. Mas tampouco posso conceber Genebra ou Zurique com minaretes sobrepondo-se às catedrais. Da mesma forma, é de supor-se que os países árabes não admitiriam a proliferação indiscrimanada de catedrais em seus territórios.

Mas o problema não reside nisto. Por um lado, mesquita é o lugar onde o crente reza e ponto final. No Saara argelino, vi mesquitas que sequer tinham paredes ou teto. Eram vazios no deserto. Se os crentes ali rezavam, era lugar de oração. Minarete já é uma ostentação de poder. Sem falar que você tem de agüentar cinco vezes por dia a voz esganiçada – e amplificada - do muezim conclamando os brutos à prece. Verdade que na Suíça esta conclamação não existe. Mas quem diz que quando a Suíça estiver crivada de minaretes, os cabeças-de-toalha não irão exigir o direito à conclamação à prece?

Por outro lado, os muçulmanos não aceitam as regras dos países para os quais migram e querem impor as suas. Suas mesquitas são madrassas, escolas de islamismo e ódio ao Ocidente. Insistem na poligamia, no casamento forçado, na ablação do clitóris, no véu e no feriado às sextas-feiras. Nada tenho contra a poligamia. Mas se um homem pode ter quatro mulheres, por que uma mulher não pode ter quatro homens? E se um imigrante em países ocidentais pode ser legalmente polígamo, por que não pode o cidadão ocidental? Quando existem duas ou mais legislações distintas em um país, não temos mais um país, mas dois ou mais países.

Quanto à ablação do clitóris, se estes animais alimentam medos em relação à mulher, melhor que voltem a seus estreitos universos mentais. Nos dias em que estive em países muçulmanos, aceitei suas regras. Não bebi álcool, não entrei em mesquitas com calçados, tampouco olhei para as mulheres locais, o que é considerado ofensivo. Se eles quiserem viver na Europa, que respeitem as regras do continente que os acolhe.

A decisão dos suíços está tentando países como Dinamarca, Alemanha ou Holanda a pensar no mesmo plebiscito. Que a meu ver é urgente. A França, muito politicamente correta, com complexo de culpa da guerra argelina e já entregue à invasão islâmica, olha com espanto para o país vizinho. O mesmo não pensam Portugal e Espanha, onde « los moros » não gozam de simpatia alguma.

O mesmo não pensa Tarik Ramadan, filho de imigrantes nascido em Genebra, que considera ser o islamismo uma religião européia. Ocorre que não é. Se o cristianismo aclimatou-se à Europa, o mesmo não se pode dizer do Islã. Para Ramadan, a UDC – partido que promoveu o plebiscito - pretendia inicialmente promover uma campanha contra os métodos islâmicos tradicionais para abater animais, mas temeu esbarrar na sensibilidade dos judeus suíços, e se voltou então contra os minaretes, eleitos como alvo mais adequado.

Ramadan sofisma. Não é uma questão de abate de animais o que move os suíços a repelir minaretes. E sim o totalitarismo de uma religião intolerante, que até considera que quem nela não crê deve ser exterminado. O mesmo criam os seguidores da Bíblia, e aí está a Inquisição como prova. Mas o cristianismo civilizou-se pelo menos um pouco e hoje até seus sacerdotes praticam tranquilamente o homossexualismo. No Islã, esta prática continua sendo punida com prisão e morte.

Ramadan continua sofismando:

“Todos os países europeus escolhem símbolos ou temas específicos por meio dos quais os muçulmanos locais são perseguidos. Na França, é o lenço ou a burca; na Alemanha são as mesquitas; na Grã-Bretanha, a violência; na Dinamarca, os quadrinhos; na Holanda, o homossexualismo - e assim por diante. É importante enxergar além desses símbolos e compreender o que está de fato acontecendo na Europa como um todo e na Suíça em particular: enquanto países europeus e seus cidadãos passam por uma crise de identidade real e profunda, a nova visibilidade dos muçulmanos europeus se mostra problemática - e assustadora”.

Nada disso. Muçulmano algum está sendo perseguido. Pelo contrário, gozam de todos as benesses das sociais-democracias européias que os acolhem, de benefícios sociais que jamais teriam em seus países de origem. Mulher alguma é proibida de usar véu ou burka na França. Apenas não pode usar na escola. Como identificar uma aluna de burka ou com véu que lhe cubra o rosto? Na Itália, os muçulmanos chegaram a exigir o uso de véu nos documentos de identidade. Ora, como identicar um rosto com véu?

Se a violência é quinhão dos árabes na Inglaterra – como também em vários países da Europa – pretenderá Ramadan que esta violência seja ignorada? Quem condenou os quadrinhos na Dinamarca? Foram os mulás, que não admitem a reprodução da imagem do profeta. Mas não tiveram a ousadia de condenar as enciclopédias que desde há muito a reproduzem. Quanto ao homossexualismo, façam-me o favor. Em pleno século XXI, não se pode condenar alguém à prisão ou à morte por uma questão de preferência sexual.

Ao proibir minaretes, os suíços estão rejeitando uma visão medieval do mundo e o totalitarismo inerente ao Islã, a uma filosofia de Estados teocráticos. Tarde piaram os suíços. A meu ver, deveriam ter rejeitado há muito até mesmo as mesquitas. Em Estados democráticos, não se pode aceitar filosofias, partidos ou religiões que neguem a democracia.

Por Janer Cristaldo

Todo mundo Dória? Todo mundo Dória, mas...

$
0
0

Em primeiro lugar tomara que o prefeito de São Paulo, atualmente em exercício continue assim e não se desvirtue (batendo três vezes na madeira), mas sempre é bom dar tempo ao tempo e analisar com calma suas ações. É só um aviso de prudência, nada de alarde ou sensacionalismo, apenas prudência. Por enquanto está tudo muito bem e esperamos que continue. Mas o grito ensandecido da tietagem é algo que incomoda, é mesmo.

O que tem liberal caindo no conto de que o PSDB não quer o Dória como candidato à presidência não tá no gibi. Ninguém se tocou que uma das estratégias para não dificultar sua candidatura é justamente DESVINCULAR seu nome de qualquer legenda citada na Lava-Jato?

Aprendamos uma coisa amiguinhos: ideólogo não entende de estratégia e, consequentemente, não entende de política.

Pessoal... Tomara que o João Dória se candidate, realmente, e vença as eleições presidenciais, mas não nos enganemos, ele pode não ser “farinha do mesmo saco”, mas não irá trair seus padrinhos políticos. Só ingênuos poderiam pensar em algo assim. O sujeito é um comunicador experiente e político nato (que se diz não ser político...) e é uma jogada de mestre da cúpula psdbista lançar um nome com caráter técnico e que faz o que um liberal deve fazer na economia e o que um conservador deve fazer com a lei e a ordem ainda mantendo laivos politicamente-corretos na sua retórica. Um verdadeiro “menino de ouro” na política, mas que não se denomina como nenhum liberal-conservador se afastando de rótulos para vencer pelo conteúdo de suas ações e marketing muito bem direcionado.

Agora, quem quer que esteja pensando em um revolucionário liberal sendo rejeitado como patinho feio pelas aves do tucanato é que, realmente, caiu como um pato. Menos menos... Como eu disse: tomara que continue o excelente trabalho na prefeitura de São Paulo, mas mantenhamos cautela, apenas isto.

V.D.

Afinal de contas, quem é John Galt?

$
0
0

O mais apavorante é descobrir que o que nos atormenta está em nós, junto a nós, todo o tempo.

Imagine um mundo onde as instituições criadas para confiarmos, para nos proteger, para nos servir, tenham saído do controle e nos ameacem cotidianamente. Imagine que estas instituições sejam seções de uma entidade criada ao longo da história após muitas lutas, batalhas e guerras entre povos e feitas com o intuito de garantir uma paz e defesa de ameaças externas e internas. A ela demos o nome de Estado. Só que com o tempo, os homens e mulheres que integraram esta mesma organização se mostraram como o que são, humanos e falíveis. Nosso erro foi maior porque ignoramos a natureza humana feita de ambição e acreditamos em super-homens, que deveriam nos proteger enquanto dormíamos o sono dos ingênuos, dos puros e das presas, enquanto os predadores faziam a festa.

Quando Ayn Rand escreveu em 1957, Atlas Shrugged – traduzido no Brasil como Quem é John Galt? e, posteriormente, como A Revolta de Atlas – sobre uma época e sociedade não muito distantes do tempo (porque atuais), das quais a burocracia rumava a completa destruição do ímpeto criador do empreendedor, um empresário reagiu, pondo em cheque toda arrogância e supremacia estatista. O que fica claro no romance de Rand é que a dominação não surge por acaso, pois muitos empreendedores mesmo buscando o caminho fácil da associação com os governos optaram pelo desenvolvimento do chamado “capitalismo de compadrio”. Países como o nosso conhecem bem, aliás, muito bem este fenômeno histórico. O problema é quando ele ameaça atingir e sobrepujar o coração do capitalismo mundial, sua locomotiva levando toda sua composição e comboio abismo abaixo.

Mas, cá entre nós, se tem uma coisa que não combina com a liberdade de ser humano é acreditar em destino. Assim como os marxistas creem em um devir histórico (uma sequência de acontecimentos baseados na sua luta de classes) que levaria a uma sociedade comunista, também é um erro acharmos que a decadência é uma consequência inexorável do atual estado de coisas. Não é. A decadência, assim como a formação de uma civilização não é uma consequência natural dos fatos, elas dependem de nossa consciência e vontade de mudar, ou deixar tudo como está. O descaso, a indiferença sim é que são nossos maiores inimigos. Competidores no mercado ou na política sempre existirão e até é bom que existam, para que treinemos e nos fortaleçamos. Não dá para criarmos nossos filhos em bolhas totalmente assépticas, livres dos vírus e das maldades de um mundo cada vez mais atormentado pelos fantasmas totalitários do século XIX, nós precisamos educá-los e treiná-los para esta luta diária.

Se há algo que devemos aprender com as histórias que nos conta Ayn Rand é essa vontade de resistir e mudar o curso negativo dos acontecimentos. De sentir o poder que temos. O protagonista do romance, empresário formado em física e filosofia, John Galt reage organizando uma greve de proporções mundiais onde os grandes produtores resolvem medir forças contra os governos e suas elites burocráticas. Alisa Zinov'yevna Rosenbaum, mais conhecida como Ayn Rand, esta imigrante russa que ao chegar nos EUA em 1926 detectou muito bem as forças que poderiam levar o país a ruína. E se isto ainda não aconteceu, se deveu à resistência e vontade de vencer que persistem no imaginário daquela sociedade.

Aliás, nenhum déspota comunista ou fascista que seja irá tirar isto de nós, mesmo que nos ameace e oprima. Enquanto existir este sopro de vida que é a luta pela liberdade sempre iremos sentir o motor do mundo em nossos corações.

V.D.

 

banner-horizontal-1100x400-john-galt

Reino Unido lança nova moeda de uma libra

$
0
0

A face "de trás" da moeda britânica mostra os símbolos dos estados-membros do reino, a rosa inglesa, o alho-porró galês, o cardo escocês e o trevo irlandês (Irlanda do Norte). 

O Reino Unido lança nova moeda às vésperas da oficialização de sua saída da União Europeia (UE), processo conhecido como Brexit - "British Exit" - e que marca uma tendência "separatista" não apenas na Europa, mas em várias regiões do globo. Parece algo contrário ao processo de fusão de mercados alardeado alguns anos atrás como Globalização, mas não se trata disto. A Globalização como conhecemos na Europa teve passos importantes quando foi criado o Mercado Comum Europeu (MCE) no início do Pós-Guerra, mas quando este mercado se transformou em um monstro burocrático e regulatório, a UE definindo com quem e como os países deveriam comercializar, a antiga liberdade comercial pretendida começou, paulatinamente, a ser restringida.

Bem vindo a este Bravo Novo Mundo, caros britânicos!

V.D.

Áustria bane véu islâmico integral

$
0
0

É isso aí, tudo na vida tem preço... Se quiseres ser reconhecido como refugiado? Se quiseres grana da assistência social? Então, amiguinho, você vai ter que estudar a língua oficial do país (Áustria), que é o alemão; os salafistas (ultraconservadores sunitas expulsos da Alemanha, inclusive) não poderão mais distribuir cópias do Corão em público e; o niqab, "véu islâmico integral" que só permite às mulheres revelarem seus olhos será totalmente abolido no país. Não quer? A porta... Digo, a fronteira pela qual entraram está aberta para darem meia volta.

Nossa posição é simples: respeitar as culturas é uma via de mão dupla e é essencial para a cultura do mundo ocidental, a liberdade individual, da qual mulheres e homens fazem parte. Simples assim. Respeitando isto, qualquer cultura pode rezar para o seu deus, desde que esse deus não legitime a opressão de ninguém, seja étnica, sexual, nacional, enfim, a que for.

V.D.

¿POR QUÉ NO TE CALLAS AMAZON?

$
0
0

Onde raios alguém acha que, mesmo que isto possa ser considerado arte, vá lá… Se tem o direito de destruir a propriedade alheia em nome de uma forma esdrúxula de comunicação?!

Em 2007, na Conferência Ibero-Americana, realizada na cidade de Santiago do Chile, o Rei Juan Carlos da Espanha já devia estar pra ´la de enfarado ao ouvir as estultícias do presidente venezuelano, o caudilho bufão Hugo Chávez e largou um ¿Por qué no te callas? Isto é o que João Dória, atual prefeito de São Paulo deveria fazer com os publicitários da Amazon.

A luta de Doria, prefeito de S.Paulo pela ordenação e limpeza da cidade de S. Paulo contém um simbolismo que vai além de seu espaço urbano: ele representa um símbolo da capital pela sua autoestima. Ora! Ninguém que quer se mostrar bem sucedido se apresenta mal cuidado. Como atrair investimentos se o aspecto geral é de um lixão? E se os paulistanos não zelam pela sua cidade, o que podem exigir da prefeitura? E vice-versa, o que pode um prefeito cobrar pela sua cidade, se a população não acata seu esforço por reerguer a cidade que é deles?

A base legal para esta operação se encontra no Art. 65 da Lei de Crimes Ambientais que tipifica a pichação como crime contra o patrimônio artístico e cultural da cidade, ou seja, o seu meio ambiente urbano. É de uma hipocrisia atroz que os opositores do prefeito eleito falem em “liberdade de se manifestar” quando esta liberdade agride os outros, em suas propriedades, seus patrimônios, pois não serão os manifestantes que irão pagar pelo dano. Não irão pagar se não forem pegos, mas isto mudou.

Só para lembrar, enquanto foram gastos R$ 900 mil pela reforma da Ponte Estaiada em São Paulo para remover pichações, o picareta do ex-prefeito petista, Haddad nada fazia. Agora até com iluminação na obra esperamos que seja o início da iluminação do cérebro de muitos que tiveram suas vidas e mentes obscurecidas durante a gestão petista.

E aí Amazon, por que não projeta belos poemas nesta ‘maravilha’ de ‘arte urbana’ aí acima?

E agora que temos um gestor, além de político nato na prefeitura, eis que a Amazon atacou a gestão João Dória na prefeitura de S. Paulo por moralizar o uso do espaço público. “Pintaram a cidade de cinza? A gente cobriu o cinza de histórias” ou alguma bobagem do gênero, eles disseram. São imbecis? Por acaso, se projetassem os textos de literatura em paredes e muros pichados como fizeram, alguém conseguiria ler algo?

Eu boicoto a Amazon. Sua campanha é injusta. Aprendam seus publicitários idiotas que: o cinza permite que textos sejam projetados. A pichação oculta os mesmos e impõe o que o leitor deve ler. Muros limpos não, muros limpos permitem projeções e escolhas.

Se a Amazon tivesse um pingo de vergonha na cara de quem fez este lixo de propaganda obrigaria este a se retratar.

Por Anselmo Heidrich

Viewing all 264 articles
Browse latest View live